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RESSOCIALIZAÇÃO PRA QUÊ?

Alexandre França

A população em situação de rua parece crescer a cada dia nas ruas das grandes metrópoles do País, no entanto, o que chama a atenção é que o comodismo das autoridades, em especial as municipais, em Nova Iguaçu por exemplo, no centro a 30 metros da câmara de vereadores, as ruas são tomadas por esses seres humanos, para quem passa, no primeiro momento, tem uma mistura de sentimentos, o sentimento de medo com pena, primeiro você se assusta e fica com medo de ser assaltado, com o passar dos dias você fica com pena, pois você percebe que são pessoas que realmente não tiveram oportunidade, tem uns que lavam suas roupas nas calçadas com um balde de agua, e dentro do possível, tentam ficar arrumadinhos, o incrível é que tudo isso se passa debaixo do poder legislativo da cidade, no coração de Nova Iguaçu, no pé da rodoviária e em frente à delegacia, ou seja, bem as vista das autoridades.

Pergunto, com uma máquina de serviços públicos, por que a prefeitura não faz um programa para empregar essas pessoas, se separasse 20% das vagas as vagas dos cargos comissionados para os moradores em situação de rua, essas pessoas teriam sua dignidade restauradas e sairiam dessa situação deprimente. Paralelo a isso, fizesse um outro programa de casa de temporária, tipo uma vila de albergues que pertencesse ao poder público e a população nessa situação pudessem dormir, tomar banho e se alimentar lá dentro ao invés de ficarem submetidos a comer pelas ruas as doações que recebem, nesse albergue seria oferecidos cursos, alfabetização e tratamentos de saúde e odontológico.

Mas sabe a impressão que nos passa, é que mais importa, são os votos de “lideranças” para a reeleição, são os acordos entre os poderes para fortalecer as articulações políticas.

Então para que ressocializar e tratar o ser humano com dignidade, se podemos nos fazer de cegos, surdos e mudos!

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