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O CANCELAMENTO DO OUTRO.

Siro Darlan

            Habituamos a cancelar o outro com uma naturalidade que foge dos padrões de fraternidade. Crianças são assassinadas diariamente pela violência policial e no dia seguinte já esquecemos os nome do orbitado. Segue-se a invasão de uma comunidade pobre com mortes de inocentes e culpados e na manhã seguinte conseguimos seguir vivendo indiferente. A tolerância com o erro passou a ser mínima e o cancelamento do outro é censura que não devemos admitir.

            Discutir as relações humanas inclui a possibilidade do erro. Ao buscar luzes, temos o direito de errar. Como achar natural o racismo em um pais de maioria negra, sob uma cultural colonial que desnaturaliza os diferentes. Precisamos cultivar a igualdade para não nos identificarmos pela cor da pele. Somos todos os outros e como tais devemos respeito mútuo. A cor nunca pode ser fator determinante de identidade, somos todos pessoas humanas falíveis.

            Nossa mistura racial, que é significado de enriquecimento, que não se contamina com os purismos nazistas, deve servir para a construção de uma nação que não se condiciona a conceitos identitários de cor, raça, religião ou gênero. Se abstrairmos conceitos identitários e racista de nossa convivência veremos que a verdade triunfará e seremos capazes de reconhecer no outro um igual, sem sombras da hipocrisia que nos diferencia quando somos iguais.

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