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FAMÍLIAS DE CRIANÇAS DEFICIENTES DENUNCIAM CORTES NOS TRATAMENTOS DA UNIMED

Famílias de crianças atípicas tiveram os tratamentos dos filhos cancelados no dia 10 de março e denunciam que o plano de saúde da Unimed deixou de fazer os repasses para as clínicas conveniadas, sem dar explicações.

O acompanhamento é fundamental para garantir a qualidade de vida de crianças com deficiência ou transtorno do espectro autista.

Essas famílias usam o plano Unimed Ferj. Uma clínica na Lagoa enviou um comunicado aos pais explicando que a operadora quitou só metade dos atendimentos feitos entre junho e dezembro do ano passado.

O atraso, então, forçou a suspensão dos atendimentos. A clínica disse ainda que o serviço só voltará quando os valores em aberto forem pagos.

Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2023, mães protestavam pelo mesmo motivo.

Em 2022, a Agência Nacional de Saúde (ANS) publicou uma resolução determinando a cobertura de procedimentos de tratamento dos portadores de transtornos globais do desenvolvimento, incluindo o transtorno do espectro autista e disse que as operadoras devem fornecer atendimento indicado pelo médico para tratar a doença.

O Henrique, de 6 anos, tem autismo, e a mãe conta que ele melhorou muito desde que começou o tratamento.

“Ele não falava quando chegou aqui, e através dos métodos especializados, ele conseguiu desenvolver a fala e hoje em dia ele fala tudo”, afirma Helena Portela.

Somente nessa clínica, que fica na Lagoa, são 35 crianças acompanhadas por diversos profissionais. Procurada, a Unimed Ferj negou que existam faturas em aberto com a clínica conveniada e disse que solicitou o retorno imediato dos atendimentos aos pacientes.

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