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EM 45 DIAS, OPERAÇÃO DA FORÇA NACIONAL NO RJ JÁ GASTOU R$ 10 MILHÕES E, EM 10 MIL ABORDAGENS, NÃO APREENDEU DROGAS OU ARMAS

Levantamento foi feito pela GloboNews via Lei de Acesso da Informação. Essa semana, um agente morreu baleado na porta de casa e outros policiais foram roubados ao entrarem por engano em favela. Agentes de nove estados estão atuando no Rio de Janeiro desde o dia 16 de outubro.

A Força Nacional vem atuando na segurança pública do Rio de Janeiro desde o dia 16 de outubro e até o momento não efetuou nenhuma apreensão de armas de fogo ou drogas. A operação autorizada pelo Ministério da Justiça no estado já custou quase R$ 10 milhões aos cofres públicos.

Ao todo, 300 homens e mulheres de nove estados foram deslocados para o Rio de Janeiro com o objetivo de atuar nas rodovias que cortam o estado, sob a liderança da Polícia Rodoviária Federal, com o objetivo de impedir a entrada de armas e drogas.

Diante da crise na segurança pública fluminense, a operação do Ministério da Justiça foi autorizada após pedido de apoio do governador Cláudio Castro (PL), em meio à escalada da violência no estado.

Para o trabalho, o Governo Federal gastou mais de R$ 3,5 milhões só com os novos equipamentos: Carabinas, espingardas, fuzis, granadas, pistolas e muita munição. Já o pagamento de diárias dos agentes, custou aos cofres do Governo Federal mais de R$ 3,6 milhões.

Na opinião de Rafael Alcadipani, especialista em segurança pública, o custo-benefício da operação da Força Nacional no Rio de Janeiro não é positivo.

“A gente gasta muito e gasta muito mal em segurança pública. Isso é mais um exemplo do que tá acontecendo. A Força Nacional em particular é um exemplo de você ter gastos volumosos para ter uma efetividade muito baixa”, disse Rafael.

“É um dinheiro que poderia ser melhor gasto se você recompor o efetivo da Polícia Rodoviária Federal ou da própria Polícia Federal”, completou o especialista.

7 caminhões revistados em 1 mês

Segundo a direção da Força Nacional, os agentes que atuam no Rio de Janeiro fizeram mais de 10 mil abordagens a veículos e pedestres no primeiro mês de trabalho. Contudo, apenas 7 caminhões foram parados e revistados nesse período.

Até o momento, os agentes não apreenderam armas ou drogas durante a operação no estado. O levantamento, feito com base na Lei de Acesso à Informação (LAI), aponta duas prisões e um menor apreendido por tentativa de assalto.

Por Marcelo Bruzzi, GloboNews

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