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DECLARAÇÃO DE ZEMA CONTRA O NORDESTE É DE “BOÇALIDADE EXTREMA”, DIZ REQUIÃO

Ex-governador do Paraná criticou o governador de Minas por defender que os estados das regiões Sul e Sudeste se unam para barrar o avanço dos interesses do Nordeste

O ex-senador e ex-governador do Paraná, Roberto Requião, criticou no domingo (6) o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, por defender que os estados das regiões Sul e Sudeste se unam para barrar o avanço dos interesses do Nordeste. Pelas redes sociais, Requião classificou a atitude de Zema como “boçalidade extrema”. 

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo no sábado (5), que o grupo busca consolidar um “protagonismo” para garantir força majoritária frente às demais regiões. Esta não é a primeira vez que o governador mineiro ganha repercussão após falas que discriminam nordestinos.

Em nota oficial, o Consórcio Nordeste disse que Zema tem uma “leitura preocupante do Brasil”. “Ao defender o protagonismo do Sul e do Sudeste, indica um movimento de tensionamento com o Norte e o Nordeste, sabidamente regiões que vêm sendo penalizadas ao longo das últimas décadas dos projetos nacionais de desenvolvimento”, acrescenta o bloco, que reúne os governadores de todos os nove estados da região.

O grupo diz ainda que o Consórcio Nordeste, bem como o da Amazônia Legal, busca ampliar a cooperação local, compartilhar “melhores práticas e soluções de problemas comuns” e favorecer o desenvolvimento sustentável, buscando não uma “guerra” com os outros estados do país, mas sim “compensar desigualdades históricas de oportunidades de desenvolvimento”.

 “Negando qualquer tipo de lampejo separatista, o Consórcio Nordeste imediatamente anuncia em seu slogan que é uma expressão de ‘O Brasil que cresce unido’. Enquanto Norte e Nordeste apostam no fortalecimento do projeto de um Brasil democrático, inclusivo e, portanto, de união e reconstrução, a referida entrevista parece aprofundar a lógica subalterno, dividido e desigual”, acrescenta a nota, que ao final apela ainda para a “união nacional em torno da reconstituição de áreas estratégicas para o país”.  

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