VÍRUS EM ALTA NA CHINA, O HMPV, PODE CAUSAR NOVA PANDEMIA EM 2025?
Transmitido por gotículas expelidas durante tosse ou espirro, vírus causa sintomas semelhantes aos de um resfriado comum.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou recentemente um comunicado sobre o aumento de infecções respiratórias no Hemisfério Norte, com destaque para o crescimento dos casos de metapneumovírus humano (hMPV) na China. Segundo a entidade, os números estão dentro do esperado para a temporada de inverno na região e, até o momento, não há indícios de padrões incomuns que justifiquem um alerta global.
As autoridades chinesas reforçaram que o sistema de saúde do país segue estável, com taxas de ocupação hospitalar inferiores às do mesmo período do ano passado. Além disso, não há registros de sobrecarga nos hospitais ou necessidade de medidas emergenciais.
No Brasil, o Ministério da Saúde informou que está monitorando de perto a situação, mantendo comunicação direta com a OMS e autoridades sanitárias de outros países. Especialistas brasileiros ressaltam que o risco de uma nova pandemia causada pelo hMPV é baixo, especialmente devido à imunidade adquirida por grande parte da população ao longo das últimas décadas.
O que é e como se transmite o hMPV?
Descoberto em 2001 na Holanda, mas circulando há muito mais tempo, o hMPV é um vírus respiratório que causa sintomas semelhantes aos de um resfriado comum, como tosse, febre, congestão nasal e chiado no peito. Em casos mais graves, pode evoluir para bronquite ou pneumonia, afetando principalmente crianças pequenas, idosos e pessoas imunocomprometidas.
O vírus é transmitido por gotículas expelidas durante tosse ou espirro, além do contato com superfícies contaminadas. Até o momento, não existem vacinas ou tratamentos específicos para o hMPV, e o tratamento é focado no alívio dos sintomas.
Há risco de pandemia do hMPV?
Ao contrário do coronavírus, que encontrou uma população mundial sem imunidade prévia, o hMPV já é conhecido e estudado há décadas. Grande parte das pessoas já foi exposta ao vírus em algum momento da vida, o que cria uma barreira imunológica natural contra surtos descontrolados.
Além disso, não há registro de mutações significativas no hMPV que sugiram uma adaptação para maior transmissibilidade ou gravidade.
Como se prevenir do hMPV?
Especialistas destacam que medidas preventivas, como vacinação contra gripe e Covid-19, além do uso de máscaras em casos de sintomas gripais, seguem sendo eficazes para conter a disseminação de vírus respiratórios, incluindo o hMPV.
Embora o cenário atual não apresente risco iminente de pandemia, a vigilância epidemiológica permanece ativa para identificar qualquer alteração no comportamento do vírus e garantir que respostas rápidas sejam aplicadas, caso necessário. A recomendação é manter os cuidados básicos e buscar orientação médica diante de sintomas persistentes ou graves.
