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VIGILÂNCIA SANITÁRIA ORIENTA CONSUMIDORES SOBRE OS ALIMENTOS USADOS NA CEIA DE NATAL

A temporada de festas de fim de ano está aberta. A ceia natalina costuma ser recheada de comidas deliciosas, mas é preciso ter uma atenção maior na hora da escolha dos alimentos que vão compor a mesa. Neste período, por conta da grande demanda, alguns alimentos acabam não sendo armazenados e acondicionados adequadamente e com isso os riscos de agravos à saúde aumentam devido à qualidade deficiente dos produtos. O Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e de Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) alerta e recomenda os consumidores cariocas sobre os cuidados na hora da compra dos alimentos tradicionais desta época.

O bacalhau é um prato típico das ceias natalinas e, para um preparo saboroso, é preciso prestar a atenção na aparência do produto, conferindo se tem manchas avermelhadas e pontos pretos, que podem indicar a presença de bactérias e/ou fungos. Além disso, o sal desse pescado deve ser grosso, pois o fino é proibido. De acordo com a presidente do Ivisa-Rio, Aline Borges, o consumidor também deve ficar de olho nos peixes comercializados como bacalhau, mas que na verdade não são da espécie.

– Somente os tipos Gadus morhua, conhecido como “Porto” ou “Porto Morhua”, e Gadus macrocephalus”, conhecido como “Portinho” ou “Codinho”, são considerados legítimos. Os pescados Saithe, Ling e Zarbo, muito consumidos entre os brasileiros e com custo mais baixo, não são bacalhau e devem ser comercializados como pescados salgados ou salgados secos. É muito importante que isso fique claro para os consumidores – explica Aline.

Para carnes vermelhas, aves, lombos e pernis é necessário estar atento aos sinais de descongelamento, integridade da embalagem e à validade. As carnes vermelhas, muito consumidas nos churrascos, devem ser observadas a cor, a textura e o odor. Qualquer alteração nessas características significa que o produto não está próprio para consumo.

– Esses itens devem estar armazenados entre 12 e 18 graus negativos. A dica é checar se há presença de gelo ou se a carne está amolecida. Esses sinais são indicativos de que o acondicionamento foi feito de maneira inadequada – orienta a presidente do Ivisa-Rio.

As frutas dão vida e cor às ceias natalinas e são fontes de vitaminas, minerais e fibras alimentares. Para evitar a contaminação por bactérias, é preciso higienizá-las antes de serem consumidas, mesmo as que serão descascadas e espremidas. Já as frutas secas e cristalizadas devem estar bem embaladas e observar se há presença de insetos ou fungos. O azeite também merece uma atenção especial na hora da compra. O consumidor deve verificar o percentual de óleo na embalagem e se ela não está danificada ou amassada, pois pode alterar a qualidade do produto.

Para garantir a segurança sanitária dos produtos que serão comercializados para as festas de fim de ano, o Ivisa-Rio realiza no mês de dezembro ações especiais de Natal/Ano Novo em pontos de produção e/ou distribuição de maior risco, como supermercados, mercados, mercearias, padarias, restaurantes. Nas ações são avaliadas as condições de produção, armazenamento, transporte e exposição dos produtos típicos.

– Nosso objetivo é garantir que os estabelecimentos estejam comercializando esses produtos adequadamente, de forma que não tragam agravos para a saúde da população – destacou a presidente do instituto.

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