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VICTOR PANCHORRA: “EU ME TORNEI O MAIOR INIMIGO DOS GOLPISTAS”

Comunicador fala sobre seu trabalho denúncia no Youtube

No programa Boa Noite 247 do último dia 1º de dezembro, o comunicador Vitor Panchorra trouxe análises e denúncias sobre a persistência de movimentos golpistas no Brasil. A conversa destacou as revelações da Operação Contragolpe, a desmontagem de narrativas em defesa dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e a polêmica em torno de um vídeo divulgado pela Marinha, que reacendeu questionamentos sobre o papel das Forças Armadas na sociedade.

Bacharel em Comunicação Social e microempresário do setor audiovisual, Panchorra ganhou notoriedade por sua análise detalhada de processos judiciais relacionados aos eventos de 8 de janeiro. Ele acompanha depoimentos e expõe contradições e absurdos nas defesas de acusados. “Eu me tornei o maior inimigo dos advogados e dos próprios golpistas que dizem que são inocentes”, declarou, referindo-se à sua abordagem técnica e factual para refutar alegações infundadas.

Denúncia formalizada com provas materiais

Durante a entrevista, Panchorra destacou sua recente ida a Brasília, onde protocolou uma denúncia formal de 30 páginas contra advogados e foragidos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A denúncia foi entregue à Polícia Federal, à Procuradoria-Geral da República (PGR) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). “Tudo está fundamentado nas palavras e atos dos próprios envolvidos. Não há margem para interpretações subjetivas”, explicou.

Entre os fatos denunciados, está a fala de um advogado que cogitou um golpe armado, avaliando a necessidade de “cem mil pessoas armadas” para executar a ação. O documento também detalha a organização de foragidos em países vizinhos, como a Argentina, com apoio logístico de advogados. “Essas redes de proteção indicam um grau preocupante de resistência à responsabilização legal”, afirmou.

A polêmica do vídeo da Marinha

Outro tema abordado foi o vídeo divulgado pela Marinha do Brasil, que, segundo Panchorra, simboliza uma tentativa de provocar animosidade entre os militares e a sociedade civil. O vídeo alterna cenas de lazer de civis com imagens de militares em treinamento, sugerindo que os primeiros vivem de privilégios enquanto os últimos sofrem em prol do país. Para Pachorra, a mensagem é ofensiva e contraproducente: “Trabalhar na Marinha é tratado como um sacrifício desumano, o que não só desrespeita a sociedade que financia essa estrutura, mas também desincentiva jovens a considerarem a carreira militar.”

Ele citou o artigo 286 do Código Penal, que criminaliza a incitação pública de animosidade entre as Forças Armadas e a sociedade ou os poderes constitucionais, e afirmou que o vídeo viola essa legislação. “É uma afronta ao povo brasileiro, especialmente aos trabalhadores que enfrentam condições muito mais duras no dia a dia.”

A responsabilidade dos golpistas e a luta pela democracia

Panchorra também abordou a Operação Contragolpe, que revelou detalhes do planejamento golpista e reforçou a responsabilidade direta de figuras como Jair Bolsonaro e militares envolvidos. Com 884 páginas de provas e indícios acumulados ao longo de seis anos, a operação trouxe à tona reuniões e documentos que apontam para a tentativa de subverter o resultado das eleições.

“Não podemos esquecer que todas as prisões feitas no 8 de janeiro foram baseadas em leis sancionadas pelo próprio Bolsonaro. Isso expõe a hipocrisia de quem tenta se passar por vítima agora”, concluiu Panchorra, reforçando que seu trabalho continuará focado em preservar a democracia e expor ações golpistas.

Com sua atuação, Panchorra tornou-se uma referência na denúncia de práticas antidemocráticas, atraindo tanto apoio quanto resistência. Para ele, o compromisso com a verdade e com a democracia é inegociável: “Você não deve ter vergonha do seu passado, mas do que deixou de corrigir hoje.” 

Por brasil247

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