“VICE DE JORDY DENUNCIA O DESCASO QUE A PREFEITURA FAZ COM A EDUCAÇÃO.”
Alexandra Ferro, mulher preta e periférica é vice na chapa do Jordy para a prefeitura de Niterói. Está denunciando o descaso que o prefeito Axel Grael vem fazendo com a educação pública.
Alê como é chamada carinhosamente denunciou para o jornal como a atual gestão da prefeitura vem tratando a educação do município.
Para a vice a educação é um dos três pilares (os outros são saúde e trabalho) para promover a população e em especial os moradores das áreas periféricas em busca da cidadania.
Repetiu várias vezes ao longo da entrevista que na gestão do Jordy a educação vai ser tratada com prioridade, oferecendo para toda a população ensino de qualidade preparando na formação do cidadão.
Uma das denúncias feita pela candidata são os 5 mil tablets com um custo de 6 milhões que estão encaixotados desde 2022 no depósito da Fundação Municipal de Educação. Isso se deu inicialmente em função do TCE – Tribunal de Contas do Estado ter considerado a compra suspeita, embargando a distribuição dos equipamentos. Em 2023, a prefeitura foi autorizada a entregar os tablets para os alunos.
O prefeito e o secretário de educação não se pronunciavam sobre o paradeiros dos tablets. Foi preciso a câmara de vereadores acionar o ministério público para a prefeitura falar sobre onde estavam os equipamentos. O sindicato dos professores de Niterói cobrou a distribuição imediata dos tablets para os alunos depois de revisados. A outra denúncia é sobre a falta de vagas para a educação infantil, ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos (EJA). Criou uma fila de espera, não tendo transparência na listagem.
A lei 14685/23 estabelece transparência da listagem dos nomes que estão aguardando vagas para o ano letivo. Isso se deu a partir de uma ação civil pública ajuizada pela coordenadoria da infância e juventude do núcleo regional de tutela coletiva da defensoria. Foi estabelecida que a prefeitura de Niterói fizesse o custeio dos valores das mensalidades e as demais despesas atrelada a educação como: transporte, alimentação e materiais didáticos e pedagógicos em escolas privadas para as crianças na lista de espera.
Em 2023, tinham mais de 3 mil alunos fora das salas de aulas. A projeção para 2024 é que esse número chegou a 4 mil alunos. Um outro descaso relatado por Alexandra é que, a mais de uma década a saúde pública da mulher está sendo negligenciada. Não foi construído um hospital de referência para atender as mulheres de Niterói.
É inadmissível que ao longo dos 12 anos o grupo liderado por Rodrigo Neves vem tratando a educação e a saúde voltada para as classes mais populares com todo esse descaso.
Não é por falta de receita. A cidade de Arariboia arrecada aproximadamente 800 milhões por ano.
O que estamos presenciando é uma visão elitista, uma prática excludente!