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VAREJO DEVE SUBIR PREÇOS EM JANEIRO DEVIDO À ALTA DO DÓLAR

Insumos do exterior mais caros pressionam preços em alguns setores

O mês de janeiro deve ser marcado por um aumento nos preços no varejo, resultado da pressão exercida pela indústria de bens de consumo, que já tem solicitado reajustes devido à valorização do dólar. Essa alta nas cotações da moeda americana elevou os custos com insumos importados, favoreceu as exportações, mas também impactou diretamente as indústrias que dependem de produtos estrangeiros. As informações são da CNN Brasil.

Em dezembro, representantes do varejo não viam como suportar essa pressão, o que pode resultar em repasses de preços, seja integralmente ou parcialmente, ao consumidor final. O cenário de aumento de preços já era esperado, especialmente no final de 2024, quando o setor varejista se preparava para a demanda de fim de ano, principalmente pelas compras de Natal.

 Naquela época, apesar da alta do dólar, o varejo conseguiu segurar os preços devido aos estoques já preparados. No entanto, com o início de 2025, as indústrias de diversos segmentos, como alimentos, higiene e limpeza, e eletrodomésticos, enfrentam dificuldades devido aos custos mais elevados com insumos importados. Há relatos de pedidos de renegociação de contratos de fornecimento, principalmente entre empresas que dependem de produtos provenientes do exterior.

O maior impacto, neste momento, é sentido no setor de higiene e limpeza, que depende de componentes químicos derivados do petróleo, cotados em dólar. Além disso, a depreciação do real também torna o mercado externo mais atraente para vários setores, como o da agroindústria, que vê aumento nas exportações de produtos como soja, milho e carne bovina.

De acordo com especialistas, os setores industriais estão pedindo reajustes de preços na faixa de 8% a 10%. O dólar, que encerrou 2024 cotado a R$6,18, acumulando uma alta de 27% no ano, com metade desse aumento ocorrendo no último trimestre, segue sendo um dos principais fatores que influenciam os custos e as expectativas de reajustes para o consumidor final.

Por Brasil 247

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