TRUMP AMEAÇA ANEXAR CANADÁ E TOMAR GROENLÂNDIA E CANAL DO PANAMÁ
Poucos dias antes de assumir novamente a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump fez declarações polêmicas em uma coletiva de imprensa realizada em seu resort Mar-a-Lago, na Flórida, em 7 de janeiro. Durante o evento, Trump afirmou que deseja retomar o controle do Canal do Panamá, da Groenlândia e até sugeriu a incorporação do Canadá aos EUA. Ele também revelou seu desejo de mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. O presidente eleito afirmou que suas ações seriam guiadas pela força econômica, como a aplicação de sanções e tarifas.
Atualmente, o Canal do Panamá é administrado pelo governo do Panamá, depois de ser controlado pelos Estados Unidos até 1999. A Groenlândia, apesar de estar geograficamente situada na América do Norte, é um território autônomo sob a soberania dinamarquesa. O Canadá, país independente, mantém uma estreita relação com os EUA. Já o Golfo do México é uma área compartilhada entre os Estados Unidos, México e Cuba, com acordos internacionais para sua gestão.
Trump afirmou que não descartaria o uso de força militar para assegurar o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia, considerando essas regiões essenciais para a segurança e economia dos EUA. Sobre o Canadá, ele argumentou que a fusão dos dois países reduziria custos com defesa e fortaleceria a segurança, sugerindo uma tarifa de 25% sobre os produtos canadenses. Em relação ao Golfo do México, Trump defendeu a mudança de nome da região, alegando que os Estados Unidos realizam a maior parte do trabalho na área e, por isso, deveriam detê-la sob sua jurisdição.
Essas declarações foram vistas por alguns analistas como parte de uma agenda imperialista de Trump, que prioriza a expansão de influência dos Estados Unidos, mesmo que isso envolva confrontos com outros países. O governo do Panamá, por exemplo, repudiou a ideia de devolver o canal aos EUA, afirmando que sua soberania é inegociável. A Groenlândia também rejeitou a proposta de compra feita por Trump, reiterando que o território não está à venda. No caso do Canadá, o primeiro-ministro Justin Trudeau descartou a ideia de uma fusão, reafirmando a independência do país.
Essas ações de Trump geraram um intenso debate sobre o futuro das relações internacionais e o papel dos Estados Unidos em um cenário global cada vez mais complexo. Em paralelo, o governo canadense e a Dinamarca reforçaram a autonomia de seus territórios, enquanto o presidente eleito segue defendendo uma postura mais assertiva para garantir os interesses norte-americanos.