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TREM DO CHORO’ ACONTECERÁ NO DIA 23, COM DIREITO A FESTA EM OLARIA

Na próxima quarta-feira (23/04), Dia Nacional do Choro e também Dia de São Jorge, a Central do Brasil vai ser tomada pelo som dos bandolins, cavaquinhos e flautas. É de lá que parte a 12ª edição do Trem do Choro, evento que já virou tradição na Zona da Leopoldina e que presta homenagem a dois nomes centrais da música brasileira: Pixinguinha e Hamilton de Holanda.

A viagem começa cedo (e tem os mesmos moldes do famoso Trem do Samba, que acontece no modal em dezembro). A programação tem início às 10h, e o trem — que sai da plataforma 12 com destino à Estação Olaria — parte pontualmente às 11h25. No caminho, cada carro se transforma num vagão musical: grupos de choro tocam ao vivo, animando o público que embarca para uma verdadeira viagem pela história da música brasileira. A Estação Olaria, inclusive, será simbolicamente rebatizada de “Estação do Choro Zé da Velha”, em referência ao trombonista que é um dos grandes nomes vivos do gênero.

Festa em Olaria

Ao desembarcar em Olaria, o público segue em cortejo musical pelas ruas do bairro até a Travessa Pixinguinha, onde será feita uma homenagem ao mestre Alfredo da Rocha Vianna Filho, o nome por trás do apelido que virou sinônimo de choro no Brasil. O trajeto termina na Praça Ramos Figueira, conhecida como Reduto Pixinguinha, onde acontece uma grande roda de choro, feira cultural e outras atividades abertas ao público.

Este ano, o homenageado principal é o músico e compositor Hamilton de Holanda, que além de mestre no bandolim, é o idealizador da data comemorativa. Em 2000, foi ele quem propôs a criação do Dia Nacional do Choro, em memória ao nascimento de Pixinguinha.

A realização é do Coletivo Trem do Choro, formado por instituições culturais da Zona da Leopoldina, com apoio da SuperVia. Para participar, basta pagar a tarifa regular do transporte.

Com raízes fincadas no século 19, o choro é considerado o primeiro gênero musical urbano tipicamente brasileiro. Nasceu do encontro entre a música africana e as harmonias europeias, mas só foi ganhar projeção nacional no século 20, pelas mãos — e sopros — de Pixinguinha. De lá pra cá, virou símbolo da identidade carioca, herança cultural e trilha sonora de resistências e encontros.

por Victor Serra – Diário do Rio

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