TOC: COMO RITUAIS DIÁRIOS PODEM SE TORNAR UM PROBLEMA DE SAÚDE MENTAL
Entenda o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) além da necessidade de organização. Saiba como rituais diários podem se tornar um problema de saúde mental
Muitas pessoas têm apreço por manter suas coisas em ordem, sabendo exatamente a localização de cada item. Essa meticulosidade pode levantar questões sobre se elas sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). No entanto, a paixão pela organização não é necessariamente um indicativo de TOC, já que o diagnóstico desse distúrbio é mais complexo do que essa simples descrição.
A maioria de nós possui hábitos quase ritualísticos que realizamos diariamente, como verificar a presença do celular na bolsa ou se a porta de casa está devidamente trancada. Esses rituais, contudo, se tornam problemáticos quando começam a consumir uma quantidade significativa de tempo e interferem em áreas vitais da vida do indivíduo, como trabalho e vida social.
O TOC é um transtorno que afeta muitas pessoas, causando sofrimento e perda de tempo considerável. Esse distúrbio é caracterizado por duas categorias principais: obsessões e compulsões.
As obsessões são pensamentos e imagens persistentes, involuntárias e angustiantes, que podem envolver temas como higiene, medo de doenças, organização excessiva, medo de contaminação por germes, imagens obscenas e preocupações constantes. Para aliviar a ansiedade gerada por esses pensamentos obsessivos, o indivíduo pode desenvolver rituais, chamados de compulsões.
Você pode pensar que tem TOC simplesmente por gostar de manter a casa organizada. No entanto, o TOC é caracterizado quando a obsessão vai além do que é considerado normal, causando sofrimento significativo e interferindo na rotina da pessoa.
Pessoas com TOC tendem a ter uma personalidade perfeccionista e a sentir uma forte sensação de culpa. Elas geralmente são formais nas relações sociais, metódicas, controladoras e inseguras.
É essencial entender que o TOC é uma doença mental séria que requer atenção e apoio adequados. A busca por ajuda profissional pode proporcionar alívio e melhorar a qualidade de vida daqueles que sofrem deste transtorno. – Joselene Alvim, psicóloga.
Por Estado de Minas