TESOURO NACIONAL ESPERA QUE GASTOS COM BPC VÃO ARREFECER
A secretária adjunta do Tesouro Nacional, Viviane Silva Varga, afirmou, nesta quinta-feira (27/2), que o órgão espera que os gastos com o Benefício de Prestação Continuada (BPC) — pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda — devem arrefecer.
“A gente [o Tesouro Nacional] tem a expectativa de que os fatores, que fizeram com que esse aumento expressivo, arrefeçam e possam entrar dentro de uma trajetória esteja compatível com a alocação com toda a demanda de políticas públicas que nós temos”, disse Varga em entrevista coletiva para comentar os resultados das contas do governo central.
Despesa com BPC continua crescendo
O Relatório do Tesouro Nacional (RTN), divulgado na quinta-feira (27/2), mostra que as despesas com a Previdência Social e o BPC cresceram em janeiro, com gastos de R$ 1,7 bilhão e R$ 1,3 bilhão, respectivamente.
“O BPC é uma despesa que acompanhamos com atenção. É uma despesa que tem sido objeto de revisão”, comentou a secretária. “Estamos fazendo o monitoramento contínuo e ao longo do ano a gente vai observar como esse comportamento”, acrescentou.
Questionada sobre quais evidências indicam que o BPC pare de subir, a secretária não enumerou os fatores. Ela apenas preferiu dizer que a estimativa depende do acompanhamento da evolução do benefício. Ainda segundo ela, a expectativa é que as medidas de revisão sejam capazes de promover uma contenção na evolução das despesas. O governo estima uma economia de R$ 6,4 bilhões em 2025 com a revisão de cadastros e renda dos beneficiários do BPC.
por Mariana Andrade e Flávia Said – Metrópoles