“TEM MUITA POLÍTICA PÚBLICA INEFICIENTE QUE PODE SER REMODELADA”, DIZ TEBETA
ministra vai se reunir com Haddad, Rui Costa e Esther Dweck para discutir ajustes no orçamento para 2025
Pelo segundo dia consecutivo, as principais autoridades da economia brasileira se reúnem para discutir e analisar medidas de contenção de despesas do orçamento. Depois das quatro horas de conversa entre presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o ministro Fazenda, Fernando Haddad, e com o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo – que toma posse em 2025 – a pauta continua no Palácio do Planalto na quarta (30/10).
Haddad deve apresentar o que foi discutido às ministras do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet, e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, nesta quarta-feira (30/10). Os quatro são membros da Junta de Execução Orçamentária (JEO), criada por meio do Decreto nº 9.884 de 2019, para conduzir a política fiscal do governo. A expectativa é que a discussão de propostas avance no Executivo para, depois, serem apresentadas ao Legislativo.
Na chegada ao Planalto, Simone Tebet, elencou as prioridades da equipe e demonstrou preocupação em apresentar ao país “um pacote consistente, autorizado”, que “dê conforto” para os dois poderes: “Não adianta o presidente dar o Ok e ter alguma medida que o Congresso não aprove”. “Nós não temos pressa na aprovação, nós temos pressa na entrega”, detacou.
Conduzir um debate “democrático e saudável”, agradando o presidente e os parlamentares, parece fazer parte de uma estratégia que possibilite, no futuro, aperfeiçoamentos quando necessários. O grupo irá elaborar dois pacotes estruturais, sendo que o primeiro, para o ano que vem, já está pronto, de acordo com as declaraçíes de Tebet.
“A questão não é o impacto em 2025, é para 2026. Então, se o Congresso falar: queremos abrir comissões, queremos votar em fevereiro, em março, com o novo presidente do Senado e da Câmara, eu, como ministra do Planejamento e Orçamento – falo por mim não pelos demais membros da equipe –, não vejo dificuldade em [deixar a] votação para março. Alguma coisa vota em dezembro, outra vota em março, outra vota em maio”, contou aos jornalistas logo que chegou ao Planalto para a reunião.
A falta de um prazo estipulado por Haddad para o anúncio do pacote de corte de gastos, porém, gerou tensão no mercado. O que não mudou a postura do ministro, que relutou em dizer que os números só serão apresentados com a decisão tomada.