TEIA DOS POVOS REALIZA QUARTO ENCONTRO DE MULHERES EM MARÇO
Encontro acontece de 5 a 9 de março no Assentamento Terra Vista, em Arataca, no sul da Bahia
A Teia dos Povos realiza seu Quarto Encontro de Mulheres, de 5 a 9 de março, no Assentamento Terra Vista, em Arataca (BA). Com o tema “Mulheres em Defesa da Vida: por Terra e Território”, o encontro tem o objetivo de consolidar a potência coletiva promovendo a criação e consolidação de redes de ações.
Segundo a Teia, desde a sua formação, em 2012, seus encontros reúnem uma grande diversidade de mulheres, incluindo indígenas, quilombolas, povos e terreiros de matriz africana, pescadoras, marisqueiras, quebradeiras de coco, assentadas, mulheres do campo, de favelas e periferias urbanas.
“Compartilhamos saberes, estratégias e sementes de nossos territórios, fortalecendo nossos laços através da troca. Seguindo em frente, nossa intenção é transformar os frutos já colhidos em uma floresta perene; em outras palavras, consolidar nossa potência coletiva em uma sólida rede de ações”, afirma o coletivo.
Durante os cinco dias de encontro, haverá espaço para trocas de saberes, reflexões, práticas, celebrações, rituais e místicas em defesa dos territórios. Dentre os temas abordados, estarão autonomia e soberanias dos povos – alimentar, sementes nativas/crioulas, autocuidado, saúde popular, pedagogia dos povos, terreiro lúdico etc.
Também será celebrado os 32 anos do Assentamento Terra Vista na data da conquista da terra, dia 8 de março, homenageando as mulheres.
“Somos unidas pelo objetivo comum de defesa dos territórios e da vida. Nosso encontro tem o intuito de consolidar vínculos de confiança, pertencimentos e apoios mútuos entre nós, ao passo em que damos visibilidade às nossas trajetórias, lutas e criações. A terra é feminina e, juntas, geramos vidas. Somos guardiãs e protetoras das águas e das florestas”, afirma.
A Teia destaca que, no atual contexto social e político, as mulheres estão à frente das lutas em defesa da terra e do território, e por isso sofrem constantes e crescentes ataques. Daí a importância de promover encontros entre essas mulheres, para fortalecer sua luta e resistência.
“Teremos a oportunidade de conhecer e fortalecer os trabalhos que são desenvolvidos nas comunidades, tanto materiais, como espirituais – várias formas de exercer nossa conexão com a vida”, diz o coletivo.