
SUSPEITO DE MATAR ALUNA DA USP É ENCONTRADO MORTO
O principal suspeito de matar a estudante da USP Bruna Oliveira da Silva foi encontrado morto na noite de quarta-feira (23) em São Paulo, segundo informações divulgadas pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta quinta (24).
O corpo de Esteliano José Madureira estava coberto por uma lona azul na Avenida Morumbi, Zona Oeste da cidade. Com tiros na nuca e mais de dez lesões pelo corpo, o suspeito tinha sinais de tortura e estava com as pernas amarradas por um pano branco e vermelho.
De acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita é a de que ele tenha sido assassinado em outro local e depois levado e abandonado na avenida. A Polícia Civil procura câmeras de segurança para tentar identificar quem o matou.
Ainda na noite de quarta a Justiça tinha decretado a prisão temporária de Esteliano. O Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga se, antes de ser morta, Bruna sofreu algum tipo de violência sexual. A polícia encontrou calcinhas no barraco onde o suspeito morava.
Segundo a investigação, Esteliano era o homem que aparece no vídeo gravado por uma câmera de segurança perseguindo Bruna em 13 de abril do lado de fora da estação de Metrô Corinthians-Itaquera.
O corpo de Bruna foi encontrado no dia 17 num estacionamento da região. Estava seminu e com ferimentos, inclusive de queimaduras. Os laudos da perícia ainda não foram concluídos.
Peritos ouvidos pelo g1 disseram que a jovem tinha uma fratura numa vértebra do pescoço, o que sugere que possa ter sofrido um estrangulamento e morrido por asfixia. Também foi encontrado um saco plástico próximo ao corpo dela. A causa da morte, no entanto, ainda não foi divulgada oficialmente.
Tanto as calcinhas achadas no barraco de Esteliano quanto um sutiã encontrado perto do corpo de Bruna vão ser periciados. A polícia quer saber se as peças são de outras possíveis vítimas dele.
Esteliano tinha 43 anos e já tinha passagem por roubo. O crime foi cometido em 2008, quando foi preso, mas ele acabou absolvido.
por Lucas Jozino – G1