SEYMOUR HERSH: ISRAEL PRETENDE ORGANIZAR EM GAZA ALGO COMO HIROSHIMA SEM ARMAS NUCLEARES
O jornalista estadunidense indica que Israel lançará uma operação terrestre na Faixa de Gaza
Citando fontes, o jornalista norte-americano Seymour Hersh afirmou que as tropas israelenses pretendem realizar na Faixa de Gaza algo semelhante à destruição da cidade japonesa de Hiroshima pelos EUA, só que sem armas nucleares.
Hersh, também citando dados de fontes em sua coluna no portal Substack, indica que Israel lançará uma operação terrestre na Faixa de Gaza para destruir todos os membros do movimento palestino Hamas que permanecerem na cidade, tendo a intenção de não deixar sobreviventes. “O plano do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu é que o Exército mate todos os membros do Hamas que puder encontrar”, acrescentou o jornalista.
Na manhã de 7 de outubro, Israel foi alvo de um ataque de foguetes sem precedentes a partir da Faixa de Gaza, como parte da Operação Tempestade Al-Aqsa, anunciada pelo braço militar do movimento palestino Hamas. Além disso, após ataques massivos com foguetes, os combatentes da organização penetraram as áreas fronteiriças no sul de Israel fazendo uso de planadores e por via terrestre. Em resposta, as Forças de Defesa de Israel lançaram a Operação Espadas de Ferro contra o Hamas na Faixa de Gaza.
Poucos dias após o ataque, os militares israelenses assumiram o controle de todos os assentamentos perto da fronteira de Gaza e começaram a realizar ataques aéreos contra alvos determinados na região, incluindo civis. Israel também anunciou um bloqueio total à Faixa de Gaza: o fornecimento de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível foi suspenso.
O número de vítimas na Faixa de Gaza ultrapassou 3 mil pessoas e o número de mortos de residentes israelenses já passa a casa dos mil; milhares de israelenses e palestinos ficaram feridos. Foram relatados vários russos mortos e desaparecidos, bem como cidadãos de outros países. Segundo várias fontes, o Hamas pode manter cerca de 150 israelenses em cativeiro até o momento.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou às partes envolvidas no confronto para que cessassem as hostilidades. De acordo com a posição do presidente da Rússia, Vladimir Putin, a resolução da crise do Oriente Médio só é possível com base numa fórmula de “dois Estados”, aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
O conflito entre Israel e Palestina, relacionado com os interesses territoriais das partes, tem sido uma fonte de tensão e confrontos na região há muitas décadas. Uma decisão da ONU, com o papel ativo da URSS em 1947, determinou a criação de dois Estados: Israel e Palestina, mas apenas o israelense foi criado. Israel, embora tenha declarado acordo com o princípio dos dois Estados, não libertou completamente os territórios palestinos.
Por Sputnik Brasil