SEXTA-FEIRA 13 É DIA DE AZAR? CONHEÇA HISTÓRIAS POR TRÁS DA SUPERSTIÇÃO
Origem do medo que algumas pessoas têm da data é desconhecida. No entanto, associação negativa tem origens religiosas e culturais, dizem pesquisadores.
Pedra com número 13, em imagem ilustrativa de arquivo — Foto: Divulgação
Hoje é sexta-feira 13 🧙♂🧙 e, para pessoas supersticiosas, um dia que desperta certo receio do que possa acontecer. Há uma tradição que associa o número 13 e também a sexta-feira ao azar, e por isso, a data é considerada um dia de infortúnio para alguns.
Entre os mitos, há quem recomende passar longe de escadas, tomar cuidado para não quebrar espelhos e não cruzar caminho com gatos pretos. Isso ajudaria a afastar a má sorte 😱👻.
Mas, a origem desse medo é desconhecida. Pesquisadores dizem que a má fama da sexta-feira 13 tem origem religiosa e cultural.
O g1 listou teorias ligadas ao cristianismo, à mitologia nórdica, à numerologia, ao cinema e à literatura. Confira abaixo:
Sexta-feira 13 e o cristianismo
A última “ceia” de Jesus e seus apóstolos. — Foto: Internet/Reprodução
Uma das versões para a simbologia da sexta-feira 13, ligada ao cristianismo, diz que em sua última ceia, que aconteceu em uma quinta-feira, Jesus teria se reunido com seus 12 discípulos, totalizando 13 pessoas na refeição.
Entre os presentes, estava Judas, o traidor. Jesus morreu no dia seguinte, que era uma sexta-feira.
Sexta-feira 13 e a mitologia nórdica
Na mitologia nórdica, há a história de um banquete realizado pelo deus Odin, que convidou outras 12 divindades. Loki, deus da trapaça, do fogo e da travessura, ficou inconformado quando soube que não tinha sido convidado para a festa.
Por isso, ele provocou uma confusão que resultou na morte de um dos convidados. Daí, foi criado o mito de que um encontro com treze pessoas sempre tem um desfecho ruim.
Outra perspectiva remonta ao início do período medieval na Europa. Antes de se converterem à fé cristã, os escandinavos eram politeístas e tinham admiração pela deusa Friga – nome que deu origem para friadagr e friday, que significa “sexta-feira” em escandinavo e inglês.
No entanto, depois da conversão ao cristianismo, os escandinavos passaram a amaldiçoar a deusa do amor e da beleza e a enxergá-la como uma bruxa que se reunia toda sexta-feira com onze feiticeiras e o demônio para lançar pragas contra a humanidade.
Associação histórica
A origem da sexta-feira 13 também tem explicações na história, mais especificamente na monarquia francesa. De acordo com a história, o rei Felipe IV sentiu seu poder ameaçado pela influência exercida pela Igreja dentro de seu país.
Na tentativa de contornar a situação, ele tentou filiar-se à prestigiada ordem religiosa dos Cavaleiros Templários, mas foi recusado. Com raiva, o rei teria ordenado a perseguição dos templários em uma sexta-feira, 13 de outubro de 1307.
Sexta-feira 13 na literatura e no cinema
Filme “Sexta-Feira 13” — Foto: Divulgação
A verdadeira histeria pela sexta-feira 13 começou no início do século 20, com o livro de Thomas Lawson, “Friday, the Thirteenth”, de 1907. A história é sobre um corretor de ações que escolhe este dia para deliberadamente quebrar o mercado.
A superstição também foi imortalizada pelo cinema norte-americano, na década de 1980, com a sequência de filmes de terror intitulada “Sexta feira 13”, com o personagem Jason Voorhees.
13 é sorte, segundo a numerologia
Numerologia: o poder das letras na escolha dos nomes — Foto: Rede Globo
A numerologia vê o número 13 com bons olhos:
- O número 1 simboliza independência e coragem para realizar novos projetos e abrir caminhos
- O número 3 significa otimismo, entusiasmo, comunicação e leveza para encarar os desafios da vida
Se somarmos os dois, o resultado é o número 4, que na numerologia significa estabilidade e concretização de sonhos.
Como driblar o azar, se você é supersticioso?
🍀 🍀 Para quem não quer azar na sexta-feira 13, há algumas “mandingas” para atrair sorte nesta sexta-feira 13:
- Desça da cama com o pé direito;
- Bata três vezes na madeira;
- Não sirva refeição para treze pessoas;
- Leve no bolso ou na bolsa um galho de arruda ou um pouco de sal grosso.
Por Brenda Ortiz, g1 DF