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SESSÃO DA CÂMARA É ENCERRADA POR TUMULTO E HADDAD SAI SOB GRITOS DE “FUJÃO”

Por Rafaela Gonçalves e Israel Medeiros

O presidente da Comissão de Finanças e Tributação (CFT), Rogério Correia (PT-MG), encerrou a sessão de quarta-feira (11/6), que contou com a participação do ministro Fernando Haddad (Fazenda), depois que deputados do PL iniciaram um tumulto em resposta a uma crítica feita pelo chefe da Fazenda.

O ministro havia dito que os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carlos Jordy (PL-RJ) fizeram “molecagem” ao elaborar perguntas na sessão e depois deixar o plenário sem ouvir as respostas. “Agora aparecem aí dois deputados, fazem as perguntas e fogem dos debates. (…) É um pouco de molecagem, isso não é bom para a democracia”, comentou Haddad.

Nikolas, que já tinha usado a palavra, pediu uma questão de ordem para pedir das notas taquigráficas as falas do titular da Fazenda. O deputado, no entanto, teve o microfone cortado porque não especificou em qual artigo do regimento interno se baseava seu pedido — o que é obrigatório em questões de ordem.

Mesmo com o som cortado, o parlamentar continuou a falar em voz alta, sendo seguido por outros deputados do PL, que passaram a discutir com o presidente e com outros deputados governistas. Ele foi, então, cercado por parlamentares da oposição e alinhados ao governo.

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), pediu a Rogério Correia que encerrasse a sessão, que atendeu o pedido e dispensou Haddad. O ministro deixou o plenário da comissão sob gritos de “fujão” entoados por deputados do PL.

Logo depois do encerramento, deputados da oposição passaram a criticar a postura do ministro na sessão. “O que vimos foi um ministro descompensado, isolado e hostil. Haddad perdeu totalmente as condições de continuar no cargo”, disse o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS).

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