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SERVIDORES DO COLÉGIO PEDRO II ENTRAM EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO

Pais de alunos do CP2 apoiam as reivindicações. mas pedem para que os trabalhadores busquem outra alternativa que não seja a paralisação.

Funcionários do Colégio Pedro II iniciaram, na quarta-feira (3), uma greve por tempo indeterminado. A paralisação afeta 12 mil estudantes. Outras quatro instituições federais de ensino também estão com algumas atividades paralisadas, como de técnicos administrativos : UFRJ, UFF, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e Unirio, desde o meado do mês passado.

Os servidores pedem melhores salários e também reclamam da falta de profissionais para atender os alunos em outras atividades fora das salas de aula. Funcionários alegam sobrecarga e pedem a contratação de bibliotecários, orientadores educacionais e assistentes sociais.

Muitas famílias apoiam as reivindicações dos servidores, mas estão preocupadas e pedem para que os trabalhadores busquem outra alternativa que não seja a paralisação. O ano letivo de 2024 começou agora em abril e os alunos só tiveram um dia de aula.

Gilda Moreira, presidente da Associação dos Docentes do Colégio Pedro II, relata que os profissionais da educação pública federal estão sem reajuste salarial há muito tempo.

“Nós queremos que os estudantes possem continuar com uma escola boa, qualificada e que a nossa educação cada vez mais ela melhore,” diz.

A proposta do sindicato que representa os servidores é de suspender o calendário escolar. Na terça-feira (2), houve uma reunião entre profissionais da escola e pais de alunos pra discutir a sugestão.

Alguns pais dos estudantes apoiam as reivindicações, mas são contra a paralisação das atividades. Eles chegaram a escrever uma carta aberta manifestando a contrariedade com a greve.

“Venho aqui reforçar que nós somos contra a paralisação das aulas e contra a suspensão do calendário escolar. Nós lutamos pela valorização do colégio e de seus servidores. Entendemos o pleito, mas também acreditamos que neste momento a greve não é a melhor solução,” se manifesta Renata Rezende, mãe de aluno do colégio.

As famílias dos estudantes reclamam que depois do período de restrições por causa da pandemia, o colégio reabriu as portas muito depois das outras escolas, e que não conseguem nem trocar os filhos de colégio por causa dos atrasos no conteúdo.

Ana Kelly Nunes, mãe de aluno, reclama da falta de perspectiva do fim da greve. “Agora que finalmente iniciaríamos o ano letivo de 2024 vem a deflagração de uma greve por tempo indeterminado. Até quando isso?”

A Procuradoria da República no Rio de Janeiro disse que o Ministério Público Federal vai fazer uma reunião com a reitora da unidade na quinta-feira (4) para falar sobre essa greve.

Os sindicatos decidiram pela manutenção dessa greve que é por tempo indeterminado

Por Leandro Oliveira, G1

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