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SÉRGIO RIAL, EX-CEO QUE DENUNCIOU FRAUDES, DEPÕE NA CPI DA AMERICANAS 8 MESES DEPOIS DE EXPOR ROMBO

Flávia Pereira Carneiro, ex-superintendente de controladoria, está convocada a depor, mas deverá ficar em silêncio com habeas corpus do STF

Sérgio Rial precisou de apenas 9 dias à frente da Americanas para notar e comunicar ao mercado um rombo aproximado de 20 bilhões no balanço da varejista. Na terça-feira (22), 8 meses depois de ter exposto as então chamadas inconsistências contábeis, o executivo volta a ser o centro das atenções. Desta vez, como convidado da CPI da Americanas, na Câmara dos Deputados.

eu depoimento é muito aguardado na Casa. Os parlamentares querem saber como ele foi capaz de tão rapidamente descobrir e expor as fraudes, se já havia documentos internos com essa sinalização ou se, por exemplo, alguém o procurou para dar fim aos esquemas.

Um assessor de parlamentar confidenciou com esta reportagem suspeitas de que ele tenha ido à empresa com um missão dada pelo próprio Banco Santander, um dos maiores credores da Americanas. “Ele já chegou à varejista com essa missão, visto que era o presidente do Santander menos de 1 mês antes de assumir o novo cargo e voltou pra lá tão logo deixou o comando da empresa que denunciou?”.

Delação premiada – O depoimento de Sérgio Rial deve ser o único desta tarde na CPI. Isso porque sua ex-colega de empresa, Flávia Pereira Carneiro, que ocupava o posto de superintendente de controladoria, deve permanecer calada. Seu depoimento na condição de convocada era esperado para a última terça-feira, porém ela mesmo pediu que fosse remarcado para esta semana. Especula-se que Flávia seja um dos ex-diretores que negociou acordo de delação premiada com as autoridades que investigam a fraude, o que exigiria dela manter-se em silêncio.

Por Filipe Calmon, especial para o 247

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