O seu canal de Noticias

SALÁRIO MAIOR E VISIBILIDADE: COMO TEXTOR CONVENCEU LUIZ HENRIQUE A IR PARA O BOTAFOGO

Atacante terá vencimentos maiores do que recebia no Betis; projeto europeu e argumento de Seleção foram fundamentais

A maior contratação da história do futebol brasileiro em valores absolutos está selada: Luiz Henrique assinou contrato com o Botafogo nesta terça-feira e deu fim à novela que se arrastava por dias. As cifras, com bônus e metas, podem chegar a 20 milhões de euros (R$ 106,6 milhões). As negociações foram tocadas por John Textor, proprietário da SAF alvinegra, que seduziu o atleta com um melhor salário maior e a chance de maior visibilidade.

O norte-americano sempre buscou um “nome de impacto” para o projeto. Nos últimos dois anos, ele tentou atletas como Cavani e James Rodríguez, mas sempre bateu na trave. Após as tentativas de Flamengo, Fluminense e Corinthians, Textor viu em Luiz Henrique um “nome possível” e iniciou negociações.

Mesmo quando estava em contatos iniciais com o Betis, no começo da semana passada, o norte-americano viajou para a Espanha para se encontrar pessoalmente com Luiz e seus familiares. Na casa do brasileiro, mostrou o projeto do Botafogo e da Eagle Football, sua rede multiclubes. A postura foi bem vista pelo estafe do atacante.

Concluir a negociação com o Betis foi a parte tranquila. Apesar de o treinador Manuel Pellegrini não concordar, a diretoria via em Luiz um nome negociável. A proposta ideal chegou, e os termos foram aceitos. Serão 16 milhões de euros de forma fixa – o valor será quitado em parcelas nos próximos quatro anos – e mais 4 milhões em metas.

Então, era preciso convencer Luiz. Por que um jogador bem utilizado em uma liga grande da Europa retornaria ao Brasil aos 23 anos? O que ele ganharia com isso? Essas eram algumas das perguntas feitas por ele e pelo estafe durante as negociações.

Textor usou todas as armas disponíveis. O “projeto europeu”, tendo o Lyon, outro clube da rede, foi fundamental, já que deu uma garantia ao jogador que ele tem uma porta de retorno “garantida” à Europa. Apesar da cláusula de poder se apresentar ao clube francês no meio de 2024, a diretoria do Alvinegro confia que o brasileiro terminará, no mínimo, a atual temporada no Brasil caso os resultados sejam positivos.

A Seleção foi outro assunto em pauta. Foi falado que, atuando no Botafogo, as chances de Luiz Henrique em ser convocado são maiores – vale lembrar que, no ano passado, o Alvinegro teve Lucas Perri e Adryelson chamados.

O atacante fez parte da pré-lista de Tite para a Copa do Mundo de 2022, mas ainda não tem nenhuma convocação para a equipe principal. Ramon Menezes, treinador da Seleção Olímpica, o cortou da lista para dois jogos contra o Marrocos, em agosto do ano passado, por suposto envolvimento com casa de apostas – caso este, vale ressaltar, que não foi comprovado.

Além da chance de poder voltar ao radar, Luiz Henrique também gostou da proposta do Botafogo, que vai pagar um salário maior do que os vencimentos que ele recebia no Betis. Este foi um dos motivos que fizeram o atleta gostar do projeto e dizer “sim” ao clube carioca.

Por Sergio Santana — Rio de Janeiro

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.