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RESGATE DE BRASILEIROS DO LÍBANO PODE REPATRIAR 3.000 PESSOAS E ENVOLVER 20 VOOS

Estimativa não oficial é baseada no número de cidadãos retirados do país em operação similar organizada pelo Itamaraty durante a guerra entre Israel e o Hezbollah em 2006

A operação de resgate de brasileiros do Líbano pode repatriar pelo menos 3 mil pessoas e envolver no mínimo 20 voos da Força Aérea Brasileira (FAB).

A estimativa não é oficial, mas esses são números com os quais o Itamaraty está trabalhando, segundo apurou a CNN.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai discutir a possível operação de resgate em uma reunião com o chanceler Mauro Vieira, no México.

Os cálculos do Itamaraty são baseados na demanda registrada na última operação similar de resgate de brasileiros do país, organizada durante a última guerra entre Israel e o Hezbollah, em 2006.

Na ocasião, os brasileiros foram retirados tanto por ar como através de comboios de ônibus que os levaram inicialmente para a Síria – que, na época, não enfrentava a guerra civil e instabilidade que ainda persistem no país vizinho do Líbano.

A instabilidade geral na região é uma das dificuldades para o planejamento da retirada das pessoas que querem retornar ao Brasil.

A operação de retirada de brasileiros de Israel e dos territórios palestinos organizada pelo governo no ano passado resgatou 1.477 pessoas – menos da metade do que se prevê no caso do Líbano. Para isso, foram necessários 11 voos da FAB.

O Itamaraty ainda não divulgou um balanço parcial dos pedidos de repatriamento que estão sendo feitos à embaixada do Brasil em Beirute.

O Ministério das Relações Exteriores diz que os detalhes da operação ainda precisam ser concluídos porque se trata de uma ação de grande envergadura que requer muito planejamento.

Um diplomata ouvido pela CNN lembrou que até agora nenhum país com grandes comunidades no Líbano deu início a operações do tipo.

O governo lembra ainda que o aeroporto de Beirute continua aberto e operando, com voos comerciais para Adis Abeba, Dubai, Doha, Istambul e capitais europeias, todos com conexão direta para o Brasil – apesar de alguns cancelamentos.

A embaixada brasileira no país vem recomendando desde agosto que pessoas que tenham meios deixem o Líbano assim que possível.

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