RELATORA DA CPMI DIZ SOFRER AMEAÇA E PEDE PROTEÇÃO. SENADORA É ATINGIDA NA CABEÇA POR CELULAR
Eliziane Gama relatou ameaças de agressão e morte, inclusive a familiares. Já Soraya Thronicke foi atingida durante confusão após aprovação do relatório
Pouco depois da aprovação do relatório na CPMI do 8 de Janeiro, nesta quarta-feira (18) a responsável pelo documento, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), disse que irá pedir proteção policial. “Eu tenho 16, 17 anos de vida pública, mas nunca fui tão agredida, tão violentada como eu fui nas últimas 24 horas”, afirmou a parlamentar. Ela relatou ter recebido ameaças de agressão e de morte, inclusive a familiares, “dizendo que estão me esperando em aeroportos, que eu não posso mais sair na rua porque vão me atacar”.
Logo depois da sessão final da CPMI, houve confusão em um dos corredores do Senado, quando parlamentares se dirigiam à Praça dos Três Poderes, para celebrar simbolicamente a aprovação do relatório. Um celular atingiu a cabeça da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que deverá registrar boletim de ocorrência.
A Polícia Legislativa chegou a deter um assessor do gabinete do deputado Carlos Jordy (PL-RJ). O parlamentar disse que irá demiti-lo. O momento da confusão foi registrado, via X (antigo Twitter), no blog do jornalista Ricardo Noblat. “Ele gritava palavras de ordem contra Eliziane Gama e Soraya Thronicke e tomou a Constituição das mãos delas”, relatou Noblat.
Pedido de escolta
Já Eliziane Gama disse que pedirá escolta ao presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As ameaças também serão relatadas à Polícia Federal e para a Advocacia do Senado.
“Nenhum dos indiciamentos dessa comissão veio sem o devido levantamento de provas materializadas”, disse Eliziane ao responder a críticas da oposição. “Seja pelo cruzamento de informações e dados, porque nós quebramos os sigilos bancários, telefônicos, telemáticos, fiscais, RIFs (relatórios de inteligência financeira). Nós fizemos uma leitura apurada. Os indiciamentos que estão aqui consignados neste relatório têm respaldo com muita fundamentação.”
Com informações da Agência Senado
Confira quem votou a favor do relatório:
Deputado Dagoberto Nogueira (PSDB-MS)
Deputado Duarte Jr (PSB-MA)
Deputada Duda Salabert (PDT-MG)
Deputado Fernando Dueire (MDB-PE)
Deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Deputada Laura Carneiro (PSD-RJ)
Deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ)
Deputado Paulo Magalhães (PSD-BA)
Deputado Rafael Brito (MDB-AL)
Deputado Rogerio Correia (PT-MG)
Deputado Rubens Pereira Jr (PT-MA)
Senadora Eliziane Gama (PSD-MA)
senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA)
Senador Fabiano Contarato (PT-ES)
Senador Marcelo Castro (MDB-PI)
Senador Omar Aziz (PSD-AM)
Senador Otto Alencar (PSD-BA)
Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
Senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS)
Senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
Votos contrários:
Deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA)
Deputado André Fernandes (PL-CE)
Deputado Delegado Ramagem (PL-RJ)
Deputado Filipe Barros (PL-PR)
Deputado Rodrigo Valadares (União-SE)
Senador Eduardo Girão (Novo-CE)
Senadora Damares Alves (Republicanos-DF)
Senador Esperidião Amin (PP-SC)
Senador Izalci Lucas (PSDB-DF)
Senador Magno Malta (PL-ES)
Senador Marcos Rogério (PL-RO)