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REI DA JORDÂNIA REJEITA O PLANO DE TRUMP, MAS PROMETE LEVAR 2 MIL CRIANÇAS DOENTES DE GAZA

O rei Abdullah II da Jordânia rejeitou o plano do presidente dos EUA de assumir o controle da Faixa de Gaza e expulsar sua população para o exílio – especialmente território jordaniano -, mas ofereceu uma contrapartida a Trump, que no dia anterior à visita ameaçou suspender a ajuda dos EUA à Jordânia se o país não aceitasse refugiados.

“Uma das coisas que podemos fazer imediatamente é levar 2 mil crianças, crianças com câncer que estão muito doentes. Isso é possível”, disse Abdullah quando Trump deu as boas-vindas a ele e ao príncipe herdeiro Hussein no Salão Oval. Trump respondeu que era “realmente um belo gesto” e disse que não sabia disso antes da chegada do monarca jordaniano à Casa Branca.

“Reiterei a posição firme da Jordânia contra o deslocamento dos palestinos em Gaza e na Cisjordânia. Essa é a posição árabe unificada. Reconstruir Gaza sem deslocar os palestinos e lidar com a terrível situação humanitária deve ser a prioridade de todos”, disse Abdullah nas mídias sociais após as conversas.

O líder estadunidense surpreendeu o mundo quando anunciou uma proposta na semana passada para que os Estados Unidos “assumissem” Gaza, prevendo a reconstrução da Faixa de Gaza.

Egito reage

Os egípcios reagiram com fúria nesta terça (11) ao plano de deslocar os palestinos de Gaza para o Egito e a Jordânia, ao mesmo tempo em que minimizaram sua ameaça de cortar a ajuda aos dois países caso eles se recusem.

O jornal estatal Al-Ahram publicou uma manchete de primeira página declarando: “O Egito pede ao mundo que acabe com a injustiça histórica contra o povo palestino”, enquanto o jornal privado Al-Masry Al-Youm escreveu: “Raiva palestina: Gaza não está à venda”.

No X, a hashtag on the shoe (no sapato) – uma frase egípcia comum que significa “não podemos nos importar menos” – começou a aparecer em resposta ao que muitos viram como uma tentativa de intimidação.

A frase remonta a um discurso histórico do falecido presidente Gamal Abdel Nasser, que rejeitou as ameaças de ajuda dos EUA durante as guerras do Egito com Israel.

Na segunda-feira, uma declaração contundente do Ministério das Relações Exteriores do Egito rejeitou “qualquer compromisso” que pudesse infringir os direitos dos palestinos, inclusive o de permanecer em suas terras. A declaração foi feita após uma reunião em Washington entre o ministro das Relações Exteriores do Egito, Badr Abdelatty, e seu colega americano Marco Rubio.

Durante uma ligação telefônica com o primeiro-ministro dinamarquês na terça-feira, o presidente Abdel Fattah al-Sisi disse que o estabelecimento de um Estado palestino é “a única garantia para alcançar uma paz duradoura” na região.

por Brasil de Fato

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