REFUNDANDO O PTB
Bom dia a todos e a todas. Estamos vivendo momentos difíceis, tanto a nível local, quanto a nível estadual, nacional e principalmente a nível internacional.
Temos que pensar localmente, mas agir globalmente. Há tempo nós vivemos crises sistêmicas, crises de tempos em tempos. Basta lembrar a crise de 1929 que arrasou as Nações, principalmente os Estados Unidos. Foi necessário um plano: o New Deal, para poder sair daquela crise. Investimento pesado em infraestrutura e taxação de fortunas. Tudo isso foi necessário para uma governança. Para sair daquela crise nas mãos do Franklin Roosevelt, nos Estados Unidos. Depois tivemos a grande crise mundial através da Segunda Guerra Mundial. E que 60 milhões de pessoas morreram. Foi necessário, mais uma vez, que as nações tivessem aí a responsabilidade de criar um tratado internacional para sair da miséria, mais uma vez, com o tratado de Bretton Woods. E assim nós caminhamos de crise em crise e parece que, cada vez mais, não aprendemos. Quando o mundo está caminhando sempre, o capital com a sua força feroz, cria mais uma forma de se aprofundar mais ainda. E isso, nos anos 80, foi criado com a chegada do Ronald Reagan aos Estados Unidos e a Margaret Thatcher no Reino Unido da Inglaterra, onde difundiram a ideia do neoliberalismo. Estado pequeno, capital grande, ou seja, tudo pelo individual, tudo pelo capital e menos para o Estado. Só que esqueceram que o Estado é o protetor dos mais necessitados, daqueles que precisam realmente de uma segurança alimentar, uma segurança na vida, uma segurança para que o Estado possa defendê-lo. Então, a filosofia do neoliberalismo é o Estado mínimo e o capital máximo. Essa corrida desenfreada está dando no que nisso: o fascismo crescendo e, cada vez mais, o rico ficando mais rico e os pobres ficando mais pobres. Então, é necessário uma nova mentalidade nesse novo mundo que se apresenta, se é que nós queremos resistir na nossa resiliência e poder sobreviver nesse mundo. Não faz necessário mais os nossos pensamentos individuais. Necessitamos de criar mentalidades coletivas no sentido de bater de frente contra tudo isso que está acontecendo. Temos que ter a responsabilidade de ter essa consciência política.
Hoje em dia nós não temos mais os grandes líderes que evitavam essa catástrofe de guerra, de climáticas, e que tinham um debate muito mais apurado sobre essa questão. Nós tínhamos o chanceler Willy Brandt na Alemanha. Nós tínhamos o Mário Soares em Portugal; o François Mitterrand na França; um Leonel Brizola no Brasil, e outros líderes mundiais que, realmente, se reuniam e tratavam estratégias a nível mundial, para que pudéssemos ter paz e uma economia voltada para os mais necessitados. Estou falando entre países da África e da América Latina que, hoje, são engolidos por essas novas corporações: o novo mundo. Nessa luta de classe entre trabalho e capital, nós cada vez mais estamos ai, sendo escravizados. Antigamente usávamos chicote para espoliar e para tomar a nossa força de trabalho. Agora não precisa mais de chicote. O chicote está nas nossas próprias mãos: um celular na mão, um tablet, um notebook. Tudo isso faz com que a exploração do trabalho avance. Nós temos que ter relações novas, produzir novas relações de trabalho, porque nós somos escravizados por esses instrumentos da tecnologia Home Office (trabalho em casa) … tudo isso faz parte desse capital feroz que, cada vez mais, nessa sua modernidade, cria mais riqueza, cria mais diferença de classe, cria mais o abismo econômico entre nações, entre povos e entre classes. Então, é necessário uma nova ordem mundial, um novo pensar. Estamos aí enfrentando as mudanças climáticas… são incêndios num local, furacões em outro, água sendo privatizada, o esgoto sendo jogado nos rios. Nós temos que ter uma preocupação e, nisso aí, nós temos que pensar esse novo normal, como nós podemos sair dessa crise. Não temos respostas para tudo, mas temos que pensar em soluções. Há sempre dúvidas, mas é necessário que, nessas dúvidas, nós pensamos para se organizar, para podermos enfrentar essa tamanha avalanche… essa tamanha montanha de dinheiro.
E de Corporações que nos massacra a cada dia … é pensar alto , para agir local, e pensar globalmente para agir localmente… temos saída, mas temos que nos organizar. O coletivo em cada bairro, em cada território, para podermos pensar uma saída em conjunto para os nossos municípios, para os nossos Estados, as Nações e para o Povo em Geral.
Um abraço Fraterno
A todos e todas..
*Gerson Brito é Secretário Geral do PTB de Nova Iguaçu, trabalhando a REFUNDAÇÃO do Histórico PTB de Getúlio, Jango e Leonel Brizola.
Vamos Juntos.
Por Gerson Brito