
QUEM É O ÚNICO CARDEAL BRASILEIRO QUE NÃO PODERÁ VOTAR NA ESCOLHA DO NOVO PAPA
Mineiro de Capela Nova, cidade do Campo das Vertentes, bispo emérito Dom Raymundo Damasceno Assis ficará fora da escolha do novo sucessor de Francisco pela limitação de idade. Mesmo assim, ele deve integrar o Colégio dos Cardeais, discutindo assuntos urgentes da Igreja até a escolha do sucessor de Francisco. Ele também pode ser eleito papa.
O mineiro Dom Raymundo Damasceno Assis, nascido em Capela Nova, na região do Campo das Vertentes, é o único cardeal brasileiro que não poderá votar no conclave, eleição que definirá que vai suceder o Papa Francisco.
A decisão leva em conta a Constituição Apostólica do Vaticano, que estabelece a idade máxima de 80 anos para participação no conclave – Dom Raymundo tem 88 anos. Mesmo sem direito ao voto, ele, no entanto, pode ser escolhido o novo papa.
Ele também deve integrar o Colégio dos Cardeais, que vai discutir os assuntos urgentes da Igreja até a escolha do sucessor de Francisco.
Trajetória religiosa de Dom Raymundo
O mineiro de Capela Nova nasceu no dia 15 de fevereiro de 1937, iniciando a trajetória na Igreja Católica aos 10 anos, ingressando no Juvenato São José dos Irmãos Maristas em Mendes (RJ).
Aos 18 anos, voltou para Minas e entrou para o Seminário Menor, em Mariana, onde cursou o segundo grau (agora ensino médio) e concluiu o curso de Filosofia. Foi ordenado padre aos 31 anos, em 19 de março de 1968, tendo estudado antes em Roma e na Alemanha.
Atuou como pároco por quase 20 anos, iniciando a vida sacerdotal em Brasília. No dia 15 de setembro de 1986, foi ordenado bispo. Em 2004, deixou Brasília e foi para Aparecida, assumindo o cargo de arcebispo da Arquidiocese de Aparecida, por onde permaneceu por 13 anos.
Também foi secretário-geral e presidente do Conselho Episcopal Latinoamericano (CELAM) e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em 20 de outubro de 2010, foi anunciado como cardeal pelo Papa Bento XVI e participou do conclave que elegeu o papa Francisco em 2013.
Sete cardeais brasileiros com direito ao voto
No Brasil são oito cardeais e, exceto Dom Raymundo, os outros sete têm direito a voto. São eles:
Sérgio da Rocha, Primaz do Brasil e arcebispo de Salvador, 65 anos.
Jaime Spengler, presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre, 64 anos.
Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.
Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.
Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.
João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.
Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
Por g1 Zona da Mata — Capela Nova