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PUTIN REBATE MACRON E LEMBRA FRACASSO DE NAPOLEÃO NA RÚSSIA

O presidente russo, Vladimir Putin, lembrou nesta quinta-feira (6) ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, como terminou a campanha de Napoleão Bonaparte contra Moscou em 1812, em resposta às declarações do líder francês sobre a Rússia.

Na quarta-feira (6), Macron afirmou que a Rússia se tornou uma “ameaça” para a França e para a Europa, e, por isso, era necessário abrir uma discussão sobre o uso das armas nucleares da França para defender toda a União Europeia.

“Houve uma conversa sobre Smolensk e o museu da época da invasão napoleônica. Alguns ainda desejam retornar àqueles dias, esquecendo como isso terminou”, declarou Putin durante uma reunião com membros da Fundação Defensores da Pátria, em Moscou.

Ele destacou que a França falhou em conquistar a Rússia no passado e falharia novamente, atribuindo isso à resiliência dos soldados russos. “Com jovens como seu filho, seus amigos e camaradas, conquistar a Rússia é impossível”, disse Putin à mãe de um militar russo que luta na Ucrânia.

O presidente russo acrescentou que os adversários da Rússia sempre cometeram o mesmo erro: subestimar o caráter do povo russo — incluindo todos os grupos étnicos do país, que compartilham um elemento fundamental que os une.

A Rússia precisa de uma versão de paz na Ucrânia que garanta seu desenvolvimento estável, declarou Putin. “Devemos escolher para nós uma versão de paz [na Ucrânia] que nos convém e que garanta a paz para o nosso país em uma perspectiva histórica de longo prazo. Não precisamos de nada estrangeiro, mas não abriremos mão do que é nosso. E precisamos de uma opção que assegure o desenvolvimento estável do nosso país em condições de paz e segurança”, afirmou.

Em seu discurso, Macron acrescentou que a suposta ameaça da Rússia se manifesta no ar, nas redes sociais e no ciberespaço. Ele também alertou que a Rússia “continua a se rearmar”. O presidente ainda destacou que a França reunirá os comandantes-chefes dos exércitos da União Europeia na próxima semana para discutir uma operação de paz na Ucrânia.

por 247

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