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PRESIDENTE DO IRÃ DESAFIA TRUMP E SE NEGA A NEGOCIAR ACORDO NUCLEAR

O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, desafiou Donald Trump em meio às intenções do presidente dos Estados Unidos em retomar discussões sobre um acordo nuclear com o país persa, e disse que não vai negociar sob ameaças. A declaração aconteceu nesta terça-feira (11/3), durante um pronunciamento divulgado pela mídia estatal iraniana.

Relação tensa entre Trump e Irã

  • No seu primeiro mandato como presidente dos EUA, Trump viveu uma relação tensa com o Irã, liderado pelo aiatolá Ali Khamenei. 
  • O principal ponto de discordância entre os dois governos dizia respeito ao avanço do programa nuclear iraniano, visto pelo governo dos EUA como uma ameaça contra a segurança nacional do país.
  • As divergências culminaram no assassinato do ex-general Qassem Soleimani, um dos principais nomes do regime do Irã na época, em uma emboscada no Iraque. A ação foi uma ordem de Trump.
  • Desde então, o atual presidente dos EUA é alvo de ameaças de vinganças por algumas autoridades do Irã. Mesmo assim, Trump já afirmou que um dos objetivos de sua política externa é impedir que os iranianos tenham acesso a armas nucleares

“É inaceitável para nós que eles [EUA] deem ordens e façam ameaças. Eu não vou negociar com vocês. Faça o que diabos você quiser”, disse Pezeshkian.

A fala do presidente iraniano surge dias após Trump afirmar ter enviado uma carta para autoridades do Irã, com o objetivo de negociar um acordo nuclear, e impedir que o país consiga construir uma arma de destruição em massa.

Apesar de a chancelaria iraniana ter negado o recebimento da carta, o aiatolá Ali Khamenei, responsável pelas decisões da política externa do Irã, também descartou negociar sob pressão do que chamou de “governos valentões”.

Washington e Teerã chegaram a assinar um acordo em 2015, com o objetivo de limitar o programa nuclear iraniano em troca do afrouxamento de sanções internacionais. Contudo, Trump decidiu retirar os EUA do pacto em 2018, durante seu primeiro mandato, e reimpor retaliações contra o Irã.

por Junio Silva – Metrópoles

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