PREFEITURA DO RIO ANUNCIA EMPRESA QUE VAI OPERAR BARCAS NAS LAGOAS DA BARRA DA TIJUCA E JACAREPAGUÁ
Projeto prevê oito linhas obrigatórias de barcas fazendo a ligação entre pontos de grande movimento na região, com tarifa de R$4,30.
A Prefeitura do Rio anunciou na quinta-feira (11) a empresa responsável pela implantação do sistema de transporte aquaviário no complexo lagunar da Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade. O projeto inclui a criação de oito linhas de barcas que conectarão pontos de alto movimento na região, com tarifa estabelecida em R$4,30.
O Jardim Oceânico será servido pelas linhas que vão até Muzema, Marapendi, Gardênia e Rio das Pedras. Além disso, a comunidade de Rio das Pedras terá barcas com destino à Linha Amarela e ao Barra Shopping. Uma linha específica vai operar entre Linha Amarela, Muzema e a estação de metrô, enquanto uma barca circulará em Jacarepaguá.
Outros 18 terminais e estações estão em fase de estudo e poderão ser incluídos no projeto caso haja interesse dos investidores. A expectativa é que o sistema tenha capacidade para transportar até 85 mil passageiros por dia, com a possibilidade de integração tarifária com o metrô e ônibus, além da própria navegação aquaviária, como ressalta Marcus Quintella, diretor da FGV Transportes.
O Consórcio Lagunar Marítimo, formado pela Construverde Construções e Serviços, ECP Environ Consultoria e Projetos, responsável pelo Campo de Golfe Olímpico, e Esfeco Administração Limitada, operadora do trem do Corcovado, comprometeu-se a investir R$100 milhões nos próximos 25 anos para viabilizar o empreendimento. O contrato estabelece a construção de 5 terminais e 6 estações dentro de um prazo máximo de 6 anos.
O transporte pelas lagoas da Barra e Jacarepaguá dependerá não apenas do consórcio de barcas, mas também da realização da dragagem das lagoas pela Iguá, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto na região. A dragagem está programada para ser concluída até 2027, enquanto as barcas devem iniciar suas operações em todas as linhas até 2029. O consórcio planeja investir R$6 milhões em dragagem própria para áreas não abrangidas pelo trabalho da Iguá.