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POPULAÇÃO DE RUA CRESCEU DEZ VEZES NO BRASIL, DESDE O INÍCIO DA GUERRA HÍBRIDA, EM 2013

Protestos de junho de 2013, que se somaram à Lava Jato e à conspiração golpista, empobreceram o País – o que resultou no aumento dos moradores de rua

Desde o início da guerra híbrida em 2013, marcada pelos protestos contra o governo de Dilma Rousseff, a população de rua no Brasil experimentou um crescimento expressivo, aumentando dez vezes. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) registrou que o número de pessoas vivendo nas ruas saltou de 21.934 em 2013 para 227.087 em agosto do ano corrente. Dentre esses, cerca de 70% são negras, e os homens representam 87%, com uma idade média de 41 anos.

Os protestos de junho de 2013 contribuíram para um período de instabilidade política e econômica no país. Com a Lava Jato, em 2014, e a conspiração golpista que se iniciou logo depois, o Brasil foi levado ao golpe de estado de 2016 e ao governo de Michel Temer, que aplicou um choque neoliberal na economia brasileira, agravando a pobreza extrema.

Em resposta ao avanço desses indicadores, o governo federal anunciou na segunda-feira (11) a alocação de R$ 982 milhões para a Política Nacional Para a População em Situação de Rua, com foco em assistência social e segurança alimentar. Esta iniciativa surge após uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que exigiu do governo a elaboração de um plano de ação para este grupo social dentro de 120 dias. Paralelamente, a Lei Padre Júlio Lancelotti, que proíbe a utilização de “arquitetura hostil” para afastar moradores de rua, foi regulamentada, reforçando as medidas de proteção a essa população.

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