POLÍCIA, PARA QUE POLÍCIA?!…
Professor Eder Rodrigues
Respeitando os que têm razão para pensar diferente, aceito que um mundo sem drogas é algo simplesmente utópico, e que só existe um real motivo que impede a liberação total do uso delas: os seus fornecedores e traficantes não querem e não permitem!
Ora, os cientistas já destruíram todos os argumentos contrários à liberalização do uso de substâncias psicoativas consideradas ilícitas, ressalvando suas possibilidades terapêuticas e recreativas.
Os neurocientistas, aliás, demonstraram que “dependência química” (algo puramente comportamental) é apenas uma ilusão, descobrindo que não há nada no cérebro responsável por alguém ser viciado ou não!
Por outro lado, o neurocientista estadunidense Carl Hart costuma afirmar que “a política de combate ou guerra às drogas se tornou mais uma forma pela qual expressamos o racismo”, acolhido oficialmente…
Além disso, tem insistido o citado cientista da saúde em defender que, mais que qualquer outra coisa, o importante seria todos entendermos que as pessoas estão usando drogas para melhorar a qualidade de suas vidas!
Fato é que, fora álcool e fumo, a sociedade só não admite a liberalização total de todas as drogas por achar “natural” que traficantes e fornecedores legitimem sua atividade para obterem sua acumulação capitalista…
Tudo pesado, urge, pois, aceitarmos, enfim, ser a questão das drogas de cunho essencialmente histórico, educativo, sociológico e médico, não comportando “soluções” de natureza policial ou policialesca!
Neste caso, lembro de cantar como os jovens de um recente passado: Polícia, para que polícia?!…