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POLÍCIA CIVIL REALIZA MEGAOPERAÇÃO CONTRA FACÇÃO CRIMINOSA NO COMPLEXO DE ISRAEL

O Governo do Estado realiza nesta terça-feira (10/06) uma operação contra a facção criminosa que atua no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio. A ação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e de delegacias da capital, da Baixada e do Interior do estado, e tem como objetivo cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes da quadrilha que agem na região. Até o momento, 12 criminosos foram presos e três fuzis apreendidos.

A ação é resultado de sete meses de intensas investigações, que culminaram na identificação de 44 traficantes sem mandados anteriores, permitindo à Polícia Civil solicitar ordens judiciais com base em provas contundentes. A operação integra uma série de ações da instituição voltadas ao desmantelamento da estrutura criminosa na região.

As investigações conduzidas pela DRE, com apoio da Delegacia Antissequestro (DAS), da 22ª DP (Penha) e da 33ª DP (Realengo), revelaram uma organização criminosa altamente estruturada e armada, sob a liderança de Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, um dos narcotraficantes mais perigosos do estado. O grupo atua nas comunidades de Vigário Geral, Parada de Lucas, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau.

– A Polícia Civil vem atuando em diversas frentes. Enfrentamos a expansão do Comando Vermelho na Zona Oeste, a ação das milícias, a contravenção, a máfia dos cigarros e a lavagem de dinheiro, com pedidos de bloqueios de mais de R$ 6 bilhões do crime organizado. A operação de hoje é mais uma prova disso, atacando o Terceiro Comando Puro em uma das regiões em que os traficantes subjugam a população. A Polícia Civil reafirma seu compromisso em combater todo tipo de criminalidade -afirma o secretário de Estado de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

A facção impõe seu domínio com o uso de barricadas, drones para monitoramento das forças de segurança, toque de recolher e monopólio de serviços públicos, além de promover intolerância religiosa.

Sob o comando direto de Peixão, o TCP promove a intimidação sistemática de moradores, expulsão de rivais, ataques a agentes de segurança e ações coordenadas para impedir operações policiais. Foi identificado um grupo responsável pelo monitoramento de viaturas, queima de ônibus e organização de protestos simulados com o objetivo de obstruir o trabalho policial. Foi apurada, ainda, a existência de um núcleo especializado na tentativa de abate de aeronaves policiais, composto por criminosos com armamento pesado e treinamento específico.

Além das prisões, a operação tem o objetivo apreender armas de fogo, drogas, rádios comunicadores, aparelhos eletrônicos, documentos e outros materiais que reforcem a responsabilização penal dos envolvidos. Duas construções irregulares utilizadas pelos traficantes como abrigo e pontos estratégicos de ataque — equipadas com seteiras — serão demolidas, conforme autorização judicial, como medida de desarticulação da estrutura defensiva da facção.

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