PM AFASTA 8 POLICIAIS ENVOLVIDOS NA ESCOLTA DE DELATOR DO PC MORTO NO AEROPORTO DE GUARULHOS
Agentes são investigados por possível envolvimento na atividade irregular de escolta privada, uma violação do regulamento disciplinar da corporação
A força-tarefa criada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo para investigar o assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, 38 anos, delator da facção criminosa Primeiro Comnado da Cpital e também de esquemas de corrupção envolvendo policiais de quatro delegacias da Polícia Civil, ocorrido na sexta-feira (8), afastou oito policiais militares suspeitos de participarem da escolta do empresário. Gritzbach foi assassinado com tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na última sexta-feira (8), após desembarcar de uma viagem a Maceió
Segundo a Folha de São Paulo, os agentes, cujos celulares foram apreendidos para análise, são investigados por possível envolvimento na atividade irregular de escolta privada, o que configura violação ao regulamento disciplinar da corporação. Segundo o coronel Fábio Sérgio do Amaral, chefe da Corregedoria da PM e integrante da força-tarefa, o afastamento busca assegurar a lisura da investigação.
“Os agentes já foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta do homem assassinado”, detalhou a SSP.
Ainda de acordo com a reportagem, a Corregedoria da Polícia Civil também investiga a conduta de policiais civis mencionados em acordos de colaboração firmados pelo Ministério Público. Em outubro, a Corregedoria da Polícia Civil iniciou um processo sigiloso para apurar as ações dos agentes envolvidos, buscando individualizar as responsabilidades. O delegado-geral, Artur Dian, afirmou que o afastamento de policiais civis depende de um procedimento administrativo disciplinar robusto, que reúna evidências claras sobre a autoria e materialidade dos fatos. “Estamos buscando, via inquérito, reunir o maior número de provas que fundamentem a investigação sobre os agentes”, pontuou Dian.
A força-tarefa é composta por representantes de diferentes órgãos da segurança pública. Coordenado pelo secretário-executivo da SSP, delegado Osvaldo Nico Gonçalves, o grupo inclui o delegado Caetano Paulo Filho, do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, a delegada Ivalda Aleixo, do DHPP, o coronel Pedro Luís de Souza Lopes, chefe do Centro de Inteligência da PM, o coronel Fábio Sérgio do Amaral, da Corregedoria da PM, e a perita criminal Karin Kawakami de Vicente. Representantes do Ministério Público e da Polícia Federal também participam, contribuindo com informações e expertise técnica.
“Criamos essa força-tarefa para dar uma resposta a esse caso o mais rápido possível. O objetivo de todas as forças de segurança é identificar, qualificar e prender os criminosos envolvidos nesse crime”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
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