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PLANOS DE SAÚDE BATEM RECORDE DE IDOSOS E EXECUTIVOS ESTUDAM AUMENTO DE PREÇOS

A FenaSaúde (federação de operadoras) apontou projeções de um crescimento de 47% na quantidade de usuários de planos de saúde com mais de 60 anos até 2031

O número de beneficiários com mais de 60 anos aumentou de 3,3 milhões no ano 2000 para 7,3 milhões neste ano, atingindo o recorde da faixa etária em todos os tipos de contratação de planos de saúde – individuais, familiares, nos coletivos empresariais ou por adesão. A informação foi publicada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) com base nos dados da agência reguladora do setor (ANS). Executivos do setor estudam aumento do custo para os usuários. As informações foram publicadas nesta sexta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. 

A FenaSaúde (federação de operadoras) apontou projeções de um crescimento de 47% na quantidade de usuários de planos de saúde com mais de 60 anos até 2031 e, por consequência, foi constatado um avanço de 20% nos gastos assistenciais das operadoras nesta década. Os cuidados com os idosos consumirão 45% do total dessas despesas, acima dos atuais 35%.

Atualmente, os mais velhos representam cerca de 14% do total de beneficiários. O índice de envelhecimento da saúde suplementar ficou em torno de 74% no fim de 2022. Atualmente há quase 74 idosos para cada 100 jovens com menos de 15 anos. O indicador compara os grupos etários das extremidades da população.

Superintendente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Marcos Novais afirmou que “não tem como fugir da realidade: com o nosso envelhecimento, nossas despesas com saúde crescem”. “Isso vai se refletir no preço, invariavelmente”, afirmou.

Superintendente do IESS, José Cechin disse que não basta aumentar preços para resolver o problema do setor. De acordo com ele, idosos pagam um pouco menos do que o custo médio de sua faixa etária porque os mais novos pagam um pouco mais, contribuindo para a solidariedade entre as gerações. “Há um limite para a elevação da curva de preços. O aumento tende a desestimular os jovens de permanecerem no plano. Essa não é uma saída de longo prazo. Então, qual é a saída? Ainda não a conhecemos”.

Por 247

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