PETRÓLEO GARANTE R$ 9,2 BI PARA NITERÓI, ENCOMENDA DE NAVIOS E ATÉ INCENTIVOS
Niterói vai acumular R$ 9,2 bilhões em royalties e participações especiais do petróleo deste ano até 2029. O dinheiro é pago pelas empresas petrolíferas que produzem no litoral fluminense e utilizam estruturas de apoio logístico da região. Além de injetar dinheiro diretamente no caixa da prefeitura, a indústria de óleo e gás mobiliza a economia local, sobretudo nos estaleiros, onde hoje trabalham 15,8 mil pessoas. As perspectivas são de expansão dos negócios.
A estimativa de arrecadação de royalties e com a participação especial é da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e as estatísticas de emprego são do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).
Crescimento econômico
Pelas projeções da ANP, apenas neste ano, a prefeitura de Niterói vai receber R$ 998 milhões de royalties e R$ 1,16 bilhão de participação especial. Esta última incide sobre a produção de campos gigantes. Ao todo, R$ 2,15 bilhões vão entrar no caixa ao longo do ano, que vão ser usados para suprir as demandas mais urgentes da população, como saúde, educação, infraestrutura e assistência social.
A primeira grande concorrência da Transpetro, para a construção de quatro navios de classe Handy, foi vencida pelo estaleiro MacLaren, de Niterói, em parceria com a empresa gaúcha Ecovix, no fim do ano passado. Atualmente, a estatal está com uma competição aberta para construir oito navios gaseiros. As licitações fazem parte do Programa de Renovação e Ampliação da Frota do Sistema Petrobras, de contratação de 25 embarcações. A intenção é lançar um edital a cada semestre. Além disso, a Petrobras tem um plano de construir 14 navios-plataformas (FPSOs, na sigla em inglês). O esperado é que os módulos de produção que vão ser instalados em cima dos cascos de navio sejam desenvolvidos no Brasil. O estaleiro Mauá, localizado no bairro da Ponta D’Areia, por exemplo, tem interesse no negócio, segundo Leal.