PAPA PEDE PAZ NA UCRÂNIA E ‘LUZ’ PARA RÚSSIA EM BÊNÇÃO URBI ET ORBI
O papa Francisco voltou a pedir paz para a Ucrânia e revelou preocupação com os conflitos do mundo durante a bênção Urbi et Orbi realizada neste domingo (9) no Vaticano após a missa de Páscoa.
“Ajuda o amado povo ucraniano no caminho em direção a paz, e difunde a luz pascal sobre o povo russo. Conforta os feridos e os que perderam os entes queridos por causa da guerra e faz com que os prisioneiros possam voltar sãos e salvos para suas famílias”, pontuou.
Papa pede paz na Ucrânia e ‘luz’ para Rússia em bênção Urbi et Orbi
“Abre o coração da inteira comunidade internacional para que atue para por fim a essa guerra e a todos os conflitos que derramam sangue no mundo, começando pela Síria, que ainda espera pela paz”, disse aos cerca de 100 mil fiéis presentes.
Pouco depois, ele solicitou o apoio “para os países afetados pelo violento terremoto na Turquia e na própria Síria”. “Rezemos por aqueles que perderam familiares e amigos e ficaram sem casa: que possam receber o conforto de Deus e a ajuda das famílias das nações”, acrescentou.
Em outro momento da oração, o líder católico falou das tensões e dos recentes conflitos e ataques que ocorrem no Oriente Médio entre israelenses, palestinos e libaneses.
“Neste dia te confiamos Senhor a cidade de Jerusalém, primeira testemunha de tua ressurreição. Manifesto viva preocupação pelos ataques desses últimos dias que ameaçam o desejam clima de confiança e de respeito recíproco, necessário para retomar o diálogo entre israelenses e palestinos, assim que a paz reinar na Cidade Santa e em toda região”, pontuou.
Demais países
Sobre o Líbano, o pontífice rezou pelo país “que ainda busca estabilidade e unidade” e também rezou pela Tunísia, com um pensamento “aos jovens e aqueles que sofrem por conta dos problemas sociais e econômicos”.
Também falou sobre o Haiti, que “está sofrendo há vários anos por uma grave crise sócio-política e humanitária”.
“Consolida os processos de paz e reconciliação criados na Etiópia e no Sudão do Sul, e faça que cesse a violência na República Democrática do Congo”, pontuou.
O Papa ainda fez uma oração por todos os povos que não tem a liberdade religiosa garantida e também onde os cristãos não podem celebrar livremente a Páscoa. Entre os quais, está a Nicarágua, que recentemente expulsou o núncio da Santa Sé, prendeu bispos e padres católicos e onde ONGs católicas foram impedidas de trabalhar.
“Apoie, Senhor, as comunidades cristãs que hoje celebram a Páscoa em circunstâncias particulares, como na Nicarágua e na Eritreia, e lembre-se de todos aqueles que são impedidos de professar livre e publicamente a própria fé”, disse ainda.
Francisco também rezou e pediu que Deus “dê conforto às vítimas do terrorismo internacional, especialmente, em Burkina Faso, Mali, Moçambique e Nigéria”. Outro país citado foi Myanmar, que vive sob um golpe militar, “para que possa percorrer os caminhos da paz e ilumine os corações dos responsáveis para que os martirizados Rohingya encontrem justiça”.
“Conforte os refugiados, os deportados, os prisioneiros políticos e os migrantes, especialmente os mais vulneráveis, além de todos aqueles que sofrem pela fome, pobreza e os nefastos efeitos do narcotráfico, do tráfico de pessoas e de cada forma de escravidão”, pontuou ainda.
“Inspira, Senhor, os responsáveis das nações para que nenhum homem ou mulher seja discriminado e atingido em sua dignidade; para que no pleno respeito dos direitos humanos e da democracia sejam sanadas essas pragas sociais, busque-se sempre só o bem comum dos cidadãos, garanta-se a segurança das condições necessárias para o diálogo e a convivência pacífica”, finalizou.
Dezessete países
Ao todo, foram citados 17 países e o povo palestino durante a oração.
Ucrânia e Rússia: “Ajuda o amado povo ucraniano no caminho em direção a paz, e difunde a luz pascal sobre o povo russo. Conforta os feridos e os que perderam os entes queridos por causa da guerra e faz com que os prisioneiros possam voltar sãos e salvos para suas famílias”.
Síria e Turquia: “Abre o coração da inteira comunidade internacional para que atue para por fim a essa guerra [da Ucrânia] e a todos os conflitos que derramam sangue no mundo, começando pela Síria, que ainda espera pela paz”, disse.
Pouco depois, ele solicitou o apoio “para os países afetados pelo violento terremoto na Turquia e na própria Síria”. “Rezemos por aqueles que perderam familiares e amigos e ficaram sem casa: que possam receber o conforto de Deus e a ajuda das famílias das nações”, acrescentou.
Israel e palestinos: “Neste dia te confiamos Senhor a cidade de Jerusalém, primeira testemunha de tua ressurreição. Manifesto viva preocupação pelos ataques desses últimos dias que ameaçam o clima de confiança e de respeito recíproco, necessário para retomar o diálogo entre israelenses e palestinos, assim que a paz reinar na Cidade Santa e em toda região”.
Tunísia: “Não se esqueça do querido povo da Tunísia, em particular dos jovens e de quem sofre por causa dos problemas sociais e econômicos para que não percam a esperança e colaborem na construção de um futuro de paz e fraternidade”.
Haiti: “Volte seu rosto para o Haiti, que está sofrendo há vários anos por uma grave crise sócio-política e humanitária, e apoie o compromisso dos atores políticos e da comunidade internacional na busca para uma solução definitiva aos muitos problemas que afligem aquela população tão atribulada”.
Etiópia, Sudão do Sul e República Democrática do Congo: “Consolida os processos de paz e reconciliação tomados na Etiópia e no Sudão do Sul, e faça que cesse as violências na República Democrática do Congo”.
Nicarágua e Eritreia: “Apoie, Senhor, as comunidades cristãs que hoje celebram a Páscoa em circunstâncias particulares, como na Nicarágua e Eritreia, e lembre de todos aqueles que são impedidos de professar livre e publicamente a própria fé”.
Burkina Faso, Mali, Moçambique e Nigéria: “Doa conforto às vítimas de terrorismo internacional, especialmente, em Burkina Faso, Mali, Moçambique e Nigéria”.
Myanmar: “Ajuda Myanmar a percorrer os caminhos de paz e ilumina os corações dos responsáveis para que os martirizados Rohingyas encontrem justiça”.
Por Ansa