![](https://gazetario.com/wp-content/uploads/2025/02/image_processing20240920-340869-al95p5-750x430.webp)
PAPA DIZ A TRUMP QUE DEPORTAÇÃO EM MASSA ‘ATENTA CONTRA A DIGNIDADE’ DOS MIGRANTES
O papa Francisco condenou nesta terça-feira (11) as deportações de migrantes irregulares realizadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em uma carta dirigida aos arcebispos dos Estados Unidos e publicada pelo Vaticano, o jesuíta argentino afirmou que essa medida “atenta contra a dignidade” das pessoas e pediu que eles “não cedam às narrativas que discriminam e causam sofrimento desnecessário aos nossos irmãos e irmãs migrantes e refugiados”.
“Acompanhei de perto a importante crise que está ocorrendo nos Estados Unidos em relação ao início de um programa de deportações em massa”, escreveu na carta o pontífice de 88 anos.
A defesa dos direitos dos migrantes é uma marca do papa Francisco durante seus 10 anos como chefe da Igreja Católica. Pouco antes da posse de Trump, Francisco havia alertado que o plano do republicano referente à deportação em massa de migrantes irregulares seria uma “desgraça”.
“Esta não é uma questão menor: um autêntico Estado de direito é verificado precisamente no tratamento digno que todas as pessoas merecem, especialmente as mais pobres e marginalizadas”, escreveu o papa em sua carta.
“Isto não é obstáculo para promover o amadurecimento de uma política que regule a migração ordenada e legal. No entanto, o referido ‘amadurecimento’ não pode ser construído por meio do privilégio de uns e do sacrifício de outros”, enfatizou.
No documento, ele reconhece “o direito de uma nação de se defender e manter suas comunidades seguras daqueles que cometeram crimes violentos ou graves enquanto estavam no país ou antes de chegarem”.
Mas alerta que a deportação de “pessoas que em muitos casos deixaram sua própria terra por motivos de pobreza extrema, insegurança, exploração, perseguição ou pela grave deterioração do meio ambiente, atenta contra a dignidade de muitos homens e mulheres, de famílias inteiras, e os coloca em um estado de especial vulnerabilidade e falta de proteção”.
por Brasil de Fato