PAÍS RESGATOU 980 CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM TRABALHO ANÁLOGO À ESCRAVIDÃO
Dados obtidos com exclusividade pelo UOL junto ao Ministério do Trabalho e Emprego apontam que foram resgatados no país 980 crianças e adolescentes em condições de trabalho degradantes, um dos elementos constituinte do trabalho análogo à escravidão, desde 2004 — ano em que os números começaram a ser tabulados pela pasta. Destes, 377 tinham menos de 16 anos e 603 entre 16 e 18 anos durante a operação do resgate. Meninas e meninos trabalham com familiares Crianças e adolescentes começam a trabalhar em condições degradantes normalmente pela necessidade de acompanhar os pais, segundo o governo federal. Crianças e adolescentes começam a trabalhar em condições degradantes normalmente pela necessidade de acompanhar os pais, segundo o governo federal. “Em período de férias escolares, é muito comum crianças acompanharem os pais nesses trabalhos”, afirma Maurício Krespy, chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo do MTE.Nos alojamentos, mulheres são destinadas às funções de limpeza e trabalhos relacionados à cozinha, enquanto os homens, acompanhados das crianças e adolescentes, vão para os campos. “Filhos só ficam com as mães quando são muito pequenos.” O trabalho infantil pode levar ao trabalho análogo à escravidão. “A criança que não está na escola é uma vítima potencial para o trabalho escravo na adolescência e na fase adulta”, afirma Krespy.