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ÓRGÃO ESTADUAL ENRIQUECIDO COM VERBA DA CEDAE APROVA GASTO DE R$ 150 MILHÕES PARA ASFALTAR RUAS DE MUNICÍPIOS DA BAIXADA

O órgão tinha sido criado para pensar, planejar e fazer obras que beneficiassem a Região Metropolitana – intervenções de saneamento, urbanismo e mobilidade que alcançassem milhões. A maioria das ruas asfaltadas é em São João de Meriti, cidade do presidente do instituto.

Órgão estadual aprova gasto de R$ 150 milhões em 22 obras para asfalto de São João de Meriti

O Instituto Rio Metrópole aprovou em um mês a realização de 22 obras em São João de Meriti, com um orçamento total de R$ 150 milhões para melhorias em asfalto, concreto e sinalização de ruas na Baixada Fluminense. Criado inicialmente para planejar e executar obras que beneficiem a Região Metropolitana do Rio, o instituto recebeu recursos significativos após o leilão da Cedae, totalizando R$ 145 milhões até novembro de 2022.

O presidente do Rio Metrópole é de São João de Meriti, onde também se encontra a base política do deputado que é considerado padrinho das obras e pré-candidato à prefeitura local. Instituído em 2018 e vinculado à Secretaria de Estado da Casa Civil, o instituto começou a operar um ano depois de sua criação.

No ano passado, o deputado Valdecy da Saúde propôs alterar a atribuição do instituto, medida que inicialmente foi considerada inconstitucional pela Procuradoria Geral do Estado, mas acabou sendo sancionada pelo governador Cláudio Castro em outubro. Desde então, o instituto passou a realizar obras de pavimentação de ruas, com o deputado Valdecy usando as redes sociais para promover essas intervenções e fortalecer seu apoio político.

Recentemente, um contrato específico direcionado a São João de Meriti está sendo investigado pelo Tribunal de Contas do Estado devido a uma representação da associação das empresas de engenharia do Rio, que questiona a modalidade de licitação e o curto prazo para elaboração das propostas, estimado em R$ 71 milhões.

O deputado Valdecy nega qualquer uso político das obras do instituto, afirmando que cumpre suas funções legislativas e vê o projeto como uma oportunidade para auxiliar prefeituras no desenvolvimento de infraestrutura e mobilidade urbana. O Instituto Rio Metrópole e o governo estadual não responderam aos pedidos de comentário da equipe de reportagem do RJ2.

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