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OPERAÇÃO MIRA ESQUEMA QUE DESVIOU R$ 15 MILHÕES DA PREVIDÊNCIA DE BELFORD ROXO

Entre os principais suspeitos estão ex-diretoras do Previde, apontadas como autoras das movimentações financeiras fraudulentas.

A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quinta-feira (23) uma operação contra um esquema que desviou recursos do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Belford Roxo (Previde). O prejuízo foi de cerca de R$ 15 milhões.

Agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) saíram para cumprir 5 mandados de busca e apreensão contra 4 alvos. A Justiça ainda determinou o sequestro de R$ 15 milhões dos investigados, entre bens e valores em contas.

Entre os principais suspeitos estão ex-diretoras do Previde, apontadas como autoras das movimentações financeiras fraudulentas.

Segundo as investigações, valores foram transferidos de forma irregular para 539 pessoas, a maioria sem qualquer vínculo legítimo com o instituto. Ainda de acordo com a Draco, os desvios eram feitos via processos administrativos simulados ou inexistentes.

Nomeações suspeitas

As principais investigadas são Rosemery da Silva Barcellos Aleixo, diretora administrativo-financeira, e Iolanda Curitiba de Souza Assis, diretora-presidente.

Iolanda assumiu a presidência em 11 de outubro de 2024, deixando o cargo de diretora administrativa financeira, que passou a ser ocupado por Rosemery, anteriormente diretora de Recursos Humanos.

Os indícios indicam que ambas foram estrategicamente nomeadas para facilitar o desvio de recursos públicos. Tal manobra ocorreu apenas 5 dias após as eleições municipais e a derrota do então prefeito, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho.

Em nota, o ex-prefeito disse que não é citado nas investigações nem alvo da operação (veja abaixo).

A investigação teve início a partir de um requerimento da Procuradoria do Município de Belford Roxo, que apontou fortes indícios da prática de peculato. Foram apresentadas a relação de beneficiários e cópias dos depósitos bancários.

Nota de Waguinho

“Em relação à operação realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), esclareço que não sou citado nas investigações e que não houve qualquer medida envolvendo meu nome ou propriedades de minha titularidade.

Até o momento, não tive acesso ao processo ou detalhes sobre o caso, o que me impede de emitir qualquer posicionamento sobre o assunto. Reitero meu compromisso com a ética, a transparência e o respeito às instituições responsáveis pela apuração dos fatos”.

Por Adriana Rezende, Leslie Leitão, Bom Dia Rio

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