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OPERAÇÃO DE DEMOLIÇÃO DE IMÓVEIS DE LUXO É RETOMADA NA MARÉ

Ação causou um prejuízo estimado de R$ 30 milhões ao crime organizado que atua na região

Rio – A Polícia Civil e a Secretaria de Ordem Pública (Seop) realizam uma nova operação, nesta segunda-feira (19), de demolição de um condomínio de luxo com mais de 40 imóveis irregulares construídos pelo crime organizado na comunidade Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte.

Esta é a terceira fase da operação contra a lavagem de dinheiro do tráfico que atua na região. Engenheiros da prefeitura estimam que os responsáveis pelas obras estão tendo um prejuízo de R$ 30 milhões com a demolição do condomínio.

Durante a ação, policiais ainda encontraram, no interior do Complexo da Maré, uma carga que havia sido roubada. O material foi recuperado.

Na última terça-feira (13), fase anterior da operação, os agentes localizaram um imóvel de luxo que era usado pelos traficantes e realizaram a demolição.

Entre os imóveis, duas coberturas, avaliadas em R$ 5 milhões, chamaram a atenção. Uma delas possuía dois andares, acabamento em mármore e porcelanato, além de uma grande área de lazer, com churrasqueira e uma piscina de 40 mil litros de água. O imóvel possuía vista privilegiada para a comunidade, para um campo de futebol e uma área onde eram realizadas festas.

Já a segunda era um quadriplex com acabamento de luxo, jacuzzi e closet, escadas com lâmpadas de led automático, além de uma piscina com cascata e churrasqueira. No térreo da unidade os agentes encontraram um quarto com dezenas de caixas de vinho e champanhe.

Parte das construções chegavam a ter seis pavimentos, porém, 90% deles ainda estavam em fase de alvenaria e totalmente desocupados. Eles foram erguidos sem nenhuma autorização da Prefeitura e não possuem responsável técnico pelas obras. No início de julho, todas as estruturas foram notificadas após uma outra ação da DRE.

As investigações apontam que a comunidade do Parque União vem sendo utilizada há anos, por meio da construção e abertura de empreendimentos, para lavar o capital acumulado com o comércio de drogas. Os agentes apuraram ainda a participação de funcionários de órgãos representativos da comunidade no esquema.

BRT paralisado

Por conta da operação na Maré, moradores do Complexo fizeram um protesto pela manhã em frente à comunidade do Parque União. Com isso, a pista do BRT foi fechada e o funcionamento precisou ser interrompido.

Os manifestantes estavam ocupando a Avenida Brigadeiro Trompowski, na altura do BRT da Maré, sentido Fundão, e impedindo a passagem dos veículos. Barricadas foram colocadas na via e incendiadas pelos manifestantes.

Agentes da Polícia Militar, da CET-Rio e da Guarda Municipal foram acionados para controlar a situação e regularizar o trânsito. Há cerca de uma hora, uma faixa foi liberada.

Por conta das manifestações, o BRT chegou a paralisar os serviços duas vezes. A primeira vez, por uma hora, e depois, por cerca de 15 minutos, já no fim da manhã.

Segundo a MOBI Rio, os serviços 90 (Terminal Fundão x Terminal Gentileza) e o serviço especial TIG x GIG interrompidos e o serviço 42 (Manaceia x Galeão) operando até a estação Santa Luzia.

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