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ONU APROVA RESOLUÇÃO SOBRE CESSAR-FOGO “IMEDIATO” EM GAZA

Proposta apresentada pelos 10 integrantes não permanentes pede interrupção do conflito no Ramadã e a libertação de reféns

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou nesta 2ª feira (25.mar.2024) uma resolução que determina o cessar-fogo “imediato” na Faixa de Gaza durante o Ramadã, período sagrado para os muçulmanos que começou em 10 de março e termina em 9 de abril.

A proposta foi apresentada pelos atuais 10 integrantes não permanentes do conselho (Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia e Suíça). Recebeu 14 votos a favor, nenhum contrário e uma abstenção dos EUA.

Eis como votou cada país integrante do conselho: a favor (14): Argélia, Equador, Guiana, Japão, Malta, Moçambique, Coreia do Sul, Serra Leoa, Eslovênia, Suíça, França, Rússia, China e Reino Unido; abstenções (1): EUA.

O texto determina um cessar-fogo humanitário imediato que leve a uma interrupção “permanente e sustentável” do conflito. Também pede a libertação “imediata e incondicional de todos os reféns” mantidos pelo Hamas e a “garantia de acesso” à ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

A resolução foi analisada em uma reunião de emergência, marcada depois que a Rússia e a China vetaram uma proposta de cessar-fogo dos EUA na 6ª feira (22.mar).

No início da sessão desta 2ª feira (25.mar), os integrantes do conselho se levantaram em fizeram 1 minuto de silêncio em homenagem às vítimas do ataque a tiros que matou 137 pessoas em uma casa de shows na Rússia.

Em suas declarações depois do resultado, a embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, prestou condolências ao que chamou de “ataque terrorista” em Moscou. Sobre a resolução, a diplomata agradeceu aos integrantes do conselho por aceitarem algumas das sugestões norte-americanas para o texto.

“Ainda assim, algumas edições importantes foram ignoradas, inclusive nossa solicitação para acrescentar uma condenação ao Hamas. Não concordamos com tudo na resolução. Por esse motivo, infelizmente, não pudemos votar a favor”, disse.

Thomas-Greenfield ponderou, no entanto, que os EUA apoiam “totalmente” alguns dos pontos apresentadas no documento. “Acreditamos que foi importante que o conselho se manifestasse e deixasse claro que qualquer cessar-fogo deve vir acompanhado da libertação de todos os reféns”, afirmou.

Os temos usados no texto foi um dos pontos de discordância entre os integrantes do Conselho de Segurança da ONU. Antes da votação, a Rússia propôs uma alteração para aparecer a palavra “permanente” no documento.

O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, disse que a substituição do termo por “uma linguagem mais fraca” era “inaceitável” porque poderia ser vista como uma “permissão para Israel continuar os seus ataques”. A proposta, no entanto, foi rejeitada em votação.

Jessica Cardoso

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