OFICINA PERMANENTE DE TEATRO E CIRCO ABRE INSCRIÇÕES PARA 2025
Estão abertas as inscrições para o ciclo 2025 da Oficina Permanente de Teatro e Circo, que será realizada na Arena Carioca Jovelina Pérola Negra, na Pavuna, zona Norte do Rio de Janeiro patrocinada pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura através do Edital Pró-Carioca Linguagens – Programa de Fomento À Cultura Carioca, Edição
PNAB – Política Nacional Aldir Blanc.
Os interessados na oficina de Técnicas Circenses podem se inscrever no formulário online disponível (Oficina Permanente de Teatro e Circo – Técnicas Circenses). Já quem for realizar a oficina de Turma de Teatro, pode se inscrever (OFICINA PERMANENTE DE TEATRO E CIRCO).
As inscrições serão realizadas entre os dias 19/02 e 11/04/2025 e para mais informações, acesse o Instagram da ‘Oficina Permanente de Teatro e Circo’.
As aulas Técnicas Circenses começam no dia 25/03 de março e as aulas de Teatro no dia 29/03 e ambas terão duração até dezembro deste ano e serão divididas em dois núcleos: uma turma Infanto-juvenil para técnicas circenses de 10 a 16 anos com aulas às quartas feiras nos seguintes horários 10 às 12hs e das 13 às 15h atendendo o contraturno das escolas próximas à Arena; e outra de técnicas teatrais para Jovens e Adultos a partir dos 16 anos terá aulas aos sábados das 10 às 13hs. Cada Turma Infantojuvenil terá no máximo 25 alunos e a Turma de Juvenil/Adulto terá no máximo 35 alunos.
A Oficina Permanente de Teatro e Circo é um projeto sociocultural encabeçado pelo diretor teatral e produtor cultural, Lino Rocca, e a atriz e artista circense, Vânia Santos, que tem como base a difusão da tradição circense na cultura brasileira.
“A Oficina Permanente de Teatro e Circo é um marco na história cultural do Estado do Rio de Janeiro, oferecendo aulas de malabarismo, acrobacias, técnicas teatrais, palhaçaria, perna de pau, lira, tecido e história do circo. A Oficina divide-se em dois tipos de formação: uma de técnicas circenses e outra em técnicas teatrais inserindo seus participantes no mercado de trabalho de animação cultural, recreação infantil e no universo profissional circense e teatral”, afirma Lino Rocca.
Prática
A Oficina Permanente lança seus Estudos sobre a Performance e o Ator – EPA! que consiste em uma pesquisa realizada ao longo dos anos pela Oficina Permanente de Teatro e Circo sobre o processo criativo do atuante, com técnicas psicofísicas que são introduzidas no processo de instrumentalização do ator ou da atriz na sua técnica de composição de personagem.
“Temos uma metodologia, hoje, que chamamos – THYMOS – uma palavra grega que significa energia vital. “THYMOS – Organicidade como princípio” onde todos os nossos parâmetros estão ligados intrinsecamente à pesquisa sobre o “trabalho em si” de Constantin Stanislavski e do Jerzy Grotowski. O trabalho é composto por exercícios variados e hoje, de uma forma mais acentuada, a gente trabalha com
cânticos sagrados e com danças circulares dos povos dentro dessa própria metodologia que busca uma ação ativa, correlata às ideias das ações físicas”, explica Lino Rocca.
Dentro da programação será realizada a montagem do espetáculo Ubu Rei, de Alfred Jarry. As aulas-ensaios ocorrem aos sábados, das 10 às 13 horas e o espetáculo tem estreia prevista para 15 de novembro de 2025. A temporada do UBU REI durará até 15 de dezembro, percorrendo as Arenas Jovelina Pérola Negra, Vista Alegre e Guadalupe.
“Ubu Rei foi escrita por Alfred Jarry no final do século 19 e, nos 120 anos em que vem sendo encenada em todo o mundo, não perde a atualidade. É considerada uma peça visionária e precursora de vários movimentos estéticos como: o Surrealismo, o Dadaísmo e o Teatro do Absurdo, mas principalmente, por marcar a vinda da era de totalitarismos, extremismos, ditaduras nos séculos 20 e 21”, analisa Vânia Santos.
Rocca faz um paralelo entre os protagonistas da montagem do final do século 19 com alguns mandatários atuais de países, lembrando que o modus operandi é o mesmo de mais de 100 anos atrás.
“Se o Rei e a Rainha Ubu encarnaram casos de deturpação e abuso de poder ao longo da história, agora eles representam o dirigente que incita ao ódio, o preconceito racial e social, dissemina a violência física e digital, desmantela políticas públicas, sufoca direitos humanos e ri do sofrimento humano com a sua total falta de empatia”, pontua Rocca.
Segundo Lino Rocca, a perspectiva da montagem é convidar atores da periferia, atores que queiram desenvolver o treinamento autoral, fazer uma pesquisa sobre o seu processo criativo e que estejam nessa região da Zona Norte do Rio de Janeiro, próximos à Pavuna e nas favelas.
“A ideia é formar um grupo de atores e atrizes que estejam interessados em um processo de pesquisa, que queiram participar da montagem do Ubu Rei, tendo esse contexto. Outro ponto importante de citar é o processo da participação política social também que a gente tem. Então, o Ubu Rei vem com esse intuito de ter essa relação provocativa na sociedade para promover essa discussão sobre a questão do poder e do neofascismo que vem assolando a civilização ocidental como todo nesse momento histórico”, finaliza o diretor.
As inscrições podem ser feitas nos links abaixo:
Turma de Teatro: https://forms.gle/7DxrCVc1uPqer6ia7
Turma de Técnicas Circenses: https://forms.gle/fMNnDFzeEZS2SVdV6