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NOVO SISTEMA DE BOMBEAMENTO LEVA ÁGUA TRATADA PARA 145 MIL NA ZONA NORTE

Após anos de dificuldades no abastecimento, 145 mil moradores da Zona Norte do Rio de Janeiro passaram a contar com água tratada regularmente, graças à instalação de 22 unidades de bombeamento pela Águas do Rio. Conhecidos como boosters, esses equipamentos ajudam a aumentar a pressão da água, garantindo que ela chegue com força até imóveis localizados em regiões mais altas.

A mudança já impacta positivamente bairros como Penha Circular, Irajá, Ramos, Parada de Lucas, Brás de Pina, Cordovil, Marechal Hermes e Ilha do Governador. Até junho de 2025, a concessionária prevê a ativação de mais 15 bombas, ampliando o alcance para quase 200 mil moradores.

Fim da escassez de água

Moradores que passaram anos enfrentando a incerteza do abastecimento agora comemoram a mudança. Geralcino Silva, 86 anos, da Penha Circular, relembra os desafios enfrentados antes da instalação do sistema:

 “A água sempre foi um problema para nós. Quando caía, não dava para encher as caixas, nem com bomba caseira. Agora vem com força. Nunca mais precisei tomar banho de caneco ou no trabalho”, conta.

Na Abolição, o motorista Hélio Luiz Correa destaca a transformação no cotidiano:

“Já fiquei 17 dias sem uma gota de água. Agora, isso ficou no passado. A Águas do Rio resolveu em três dias o que esperamos por mais de 30 anos”, afirma.

Critérios técnicos para expansão

A concessionária realiza estudos técnicos para identificar os locais que mais necessitam de reforço no abastecimento. Segundo o gerente de Operações da Águas do Rio, Fábio Dias, a prioridade é atender regiões que exigem maior pressão no sistema.

“Nosso objetivo é garantir que os moradores dessas áreas não sofram mais com a água fraca. Os boosters auxiliam no transporte da água pelas tubulações, principalmente para regiões mais altas, que exigem mais esforço da rede. Mais água nas torneiras significa mais qualidade de vida”, explica.

Impacto na rotina dos moradores

A regularização do abastecimento mudou a vida de Fátima Ferreira, 48 anos, moradora do bairro do Sampaio há 13 anos. Antes, ela e os vizinhos precisavam seguir um rodízio para utilizar eletrodomésticos básicos.

“Apenas um apartamento podia ligar a máquina de lavar roupa por dia. Depois da instalação da bomba, a água começou a chegar com pressão, e não passamos mais por isso”, comemora.

No bairro de Vigário Geral, o aposentado Luís Antônio Alves, 57 anos, destaca que a chegada do novo sistema de bombeamento solucionou um problema crônico: “Quem tem cisterna conseguia armazenar água, mas quem não tinha sofria muito. Desde a instalação da bomba no final de 2023, o problema foi resolvido”, afirma.

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