NO DIA DA TERRA, ITAIPU DESTACA AÇÕES EDUCACIONAIS DO REFÚGIO BELA VISTA
Espaço em Foz do Iguaçu já recebeu quase 50 mil pessoas em 2024 e oferece oficinas, trilhas e ações práticas ligadas à sustentabilidade e à biodiversidade
Celebrado nesta segunda-feira (22) em todo o mundo, o Dia da Terra é mais do que uma data simbólica para a Itaipu Binacional. Em Foz do Iguaçu, a usina transforma o compromisso ambiental em ações concretas, principalmente por meio do Refúgio Biológico Bela Vista (RBV). Segundo informações divulgadas pela empresa, o espaço, com mais de 40 anos de história, é um dos principais centros de educação ambiental da região e tem ampliado sua atuação com projetos voltados à conservação da biodiversidade, à pesquisa e ao turismo sustentável.
Restaurado a partir de antigas áreas agrícolas, o RBV é hoje uma referência em práticas ambientais e recebe milhares de visitantes por ano. Só em 2024, foram cerca de 50 mil pessoas, entre brasileiros, estrangeiros e estudantes da região, incluindo aproximadamente 10 mil visitantes oriundos de municípios lindeiros ao lago de Itaipu. A entrada é gratuita para moradores da comunidade local.
Uma das atrações mais importantes do Complexo Turístico Itaipu (CTI), o refúgio aposta na capacitação de seus monitores para oferecer experiências educativas de forma leve e envolvente. “O passeio proporciona a aproximação dos visitantes com a natureza; a disseminação de conceitos e práticas sustentáveis; a exploração de diferentes áreas do conhecimento; e experiências práticas em conservação de fauna e flora”, afirma o coordenador de visitas do CTI, Edivaldo dos Santos Nunes. “O visitante pode perceber como o RBV é um laboratório vivo, muito rico e diversificado”.
Além da visitação, o refúgio abriga projetos de conservação que permitem ao turista participar ativamente, como o plantio de árvores dentro do sistema de produção de mudas florestais — parte dos esforços da Itaipu para recuperar áreas no entorno do reservatório e de microbacias da região. Também se destacam ações como o cultivo de plantas medicinais, a criação de peixes em tanques-rede e a reprodução de animais ameaçados da Mata Atlântica, como a onça-pintada e a harpia.
Na área da educação, o programa Imersão Pedagógica atende alunos do Ensino Médio e integra o Convênio Educação Ambiental, Ciência e Sustentabilidade III, uma parceria da Itaipu com o Itaipu Parquetec, no âmbito do programa Itaipu Mais que Energia. Em 2024, a iniciativa já beneficiou 623 estudantes de 21 escolas.
A edição de 2025 teve início no último dia 16 de abril com a participação de 32 alunos do Colégio Estadual Dom Manoel Konner, de Santa Terezinha de Itaipu. Os estudantes percorreram a Trilha dos Animais e participaram de uma oficina com foco na biodiversidade da Mata Atlântica. “A imersão permite que os estudantes desenvolvam um senso de pertencimento e compreendam a importância da conservação ambiental na prática. É, de fato, uma sala de aula in natura, onde eles conseguem trabalhar os conceitos que aprendem em sala”, explica o analista educacional do Itaipu Parquetec, Marcos Vinicius dos Santos.
A professora Mayara Cristina Volpato Johann, que acompanhou os alunos, reforçou o valor multidisciplinar da experiência. “A atividade de sustentabilidade é importante em todas as áreas do conhecimento. Muitos alunos, por exemplo, nunca tinham visto de perto os biomas que estudam na teoria”, afirmou.
Outra frente importante do trabalho educativo do RBV é o programa Amigos do Refúgio em Ação, voltado às comunidades vizinhas. A ação já atendeu 311 estudantes do 6º ao 9º ano de escolas de Foz do Iguaçu localizadas nos bairros Vila C, Três Lagoas, Morumbi e Porto Meira. Também foram incluídos 25 idosos do Conselho Comunitário da Vila C.
“Com os estudantes, o objetivo é desenvolver senso de pertencimento, sensibilizar para a produção científica, possibilitar contato com educação, arte e cultura. Já com os idosos, além do senso de pertencimento, a ideia é promover o letramento digital e a qualidade de vida”, destacou a gestora do convênio pela Itaipu, Michelly dos Reis Laurindo, da Divisão de Educação Ambiental.
Por BRASIL 247