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NA ALEMANHA, FÁVARO ESTREITA RELAÇÕES E RESSALTA QUE O AGRONEGÓCIO DO BRASIL É ‘EXEMPLO A SER SEGUIDO’

Durante a viagem à Alemanha, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu com o ministro federal da Alimentação e Agricultura do país, Cem Özdemir, para estreitar os laços de amizade e cooperação e tratar de parcerias.

Os dois ministros trataram de assuntos como o plano de recuperação de pastagens degradadas, a implementação do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia, as ações do Brasil na presidência do G-20 e a renovação do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha.

O ministro Fávaro mencionou os resultados positivos obtidos pelo Brasil na redução dos índices de desmatamento e destacou a importância da produção agropecuária brasileira para a segurança alimentar mundial.

Na oportunidade, Fávaro apresentou o programa brasileiro de produção sustentável de alimentos do mundo, que prevê a recuperação e conversão de 40 milhões de hectares de pastagens de baixa produtividade em áreas agricultáveis, ao mesmo tempo em que estimula agricultores a adotarem práticas de produção sustentáveis.

“Temos como política a ser implementada pelo presidente Lula um crescimento a passos largos da nossa produção de alimentos, mas com respeito ao meio ambiente. Nós podemos dobrar a nossa produção de alimentos sobre pastagens de baixa produção, incremento com agricultura e pecuária, mas sem precisar de desmatamento. O mundo já percebeu essa responsabilidade brasileira e isso nos dá oportunidade de crescimento sustentável e, cada vez mais, ganhar mercados internacionais”, destacou.

Sustentabilidade no agronegócio

No lançamento da segunda fase da campanha internacional de sustentabilidade da proteína animal da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, convocou o setor produtivo brasileiro a quebrar a retórica de que o agro prejudica o meio ambiente.

O evento ocorreu na manhã deste domingo (8), no estande da ABPA na Anuga — maior feira de alimentos do mundo — em Colônia, na Alemanha. Durante o lançamento, Fávaro lembrou a revolução promovida pelo Brasil na intensificação da produção de alimentos sem avançar nas áreas preservadas do país.

Nos últimos 50 anos, o Brasil deixou de ser importador para se tornar um dos maiores exportadores do mundo aumentando a produtividade sem aumentar a área de plantio.

“Somos exemplo de sustentabilidade. Esse é o maior desafio da atualidade: mudar a retórica de achar que os produtores e produtoras brasileiros produzem em detrimento do meio ambiente. É mentira isso. Nós produzimos com respeito ao meio ambiente. É um desafio que passa a ser de todos nós. Campanhas como essa, que visam esclarecer, trazer a verdade, chamar os nossos compradores, parceiros, para visitar o Brasil e conhecer a realidade da nossa produção ampliam as oportunidades de negócios e fazem muito bem para a nossa economia e para os brasileiros”, destacou o ministro.

Comércio exterior

De acordo com dados do Sistema de Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (AgroStat), o Brasil exportou em produtos do agronegócio brasileiro para a União Europeia, em 2022, US$ 25,5 bilhões.

Os principais produtos embarcados foram farelo de soja, café verde, soja em grãos, milho, celulose e sucos de laranja.

Para a Alemanha, o comércio exterior no mesmo período alcançou US$ 3,5 bilhões, principalmente, com café verde e farelo de soja.

Já em relação a importação, o Brasil comprou da União Europeia US$ 3,2 bilhões, sendo o azeite de oliva, papel e bebidas não alcoólicas os produtos mais relevantes do agronegócio.

Referente a Alemanha, foram importados em produtos do agronegócio US$ 396,4 milhões, principalmente o papel e rações para animais domésticos.

Atualmente, a Alemanha é a quinta parceira comercial do agronegócio brasileiro no mundo, atrás apenas da China, dos Estados Unidos, Irã e Japão, segundo dados do AgroStat de 2022.

Além desse comércio, a parceria Brasil-Alemanha impulsiona também o comércio entre União Europeia e América do Sul, visto que são as maiores economias em seus respectivos blocos e regiões.

Por Pasquale Augusto

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