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MULHERES DA BAIXADA FLUMINENSE APRENDEM A TER PRÓPRIO NEGÓCIO COM O EMPREENDEDORA DO AMANHÃ

Em seu segundo ano, iniciativa do RioSolidario tem inscrições abertas para capacitação em Belford Roxo

Ana Cláudia fabrica semijoias, Ediana tem uma instituição social e Leila, quer vender caldos. As histórias das três se cruzam com as de outras centenas de mulheres que desejam abrir ou fortalecer seus próprios negócios. Em maio, elas deram o primeiro passo para essa conquista ao participarem de uma capacitação gratuita oferecida pela Empreendedora do Amanhã. A iniciativa, capitaneada pelo RioSolidario, instituição parceira do governo estadual, está em andamento em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. As alunas entram em contato com ferramentas de gestão e informações sobre temas como marca, mercado, finanças e recursos humanos. Após o treinamento, ainda são assessoradas, durante 90 dias, por especialistas.

O Empreendedora do Amanhã pretende contribuir para que as participantes ampliem as condições de atingirem a emancipação financeira. Em 2022, pelo menos duas centenas de moradoras de comunidades na Zona Norte da capital foram beneficiadas com cursos oferecidos por intermédio do projeto. Na sexta-feira passada (02/06), 40 mulheres do programa receberam os seus diplomas de conclusão da primeira parte da capacitação. Entre elas, estava a merendeira Leila Costa da Silva, de 57 anos, desempregada há cinco anos. Ela conta que sempre gostou de cozinhar e sonha em vender caldos e petiscos.

– Esse curso foi uma luz que se acendeu no corredor. Antes, eu não sabia nem como começar. Agora que aprendi, estou toda metida e já quero até ensinar quem não sabe a empreender – comemora Leila.

Já Ana Cláudia Rosa, de 42 anos, após passar por um período de depressão quando o marido a pediu para dar um tempo no trabalho, entrou na capacitação para alavancar o seu próprio negócio. Segundo ela, durante o pagamento do auxílio financeiro que recebia na pandemia do coronavírus, enxergou a oportunidade de empreender. Ao lado de duas das suas filhas, Ana Claúdia criou uma loja de semijoias. Mas foi com o curso do Empreendedora do Amanhã que Ana percebeu a necessidade de organizar o seu trabalho.

– Meus pais foram empreendedores e também gosto desse ramo, mas esse curso me abriu um turbilhão de ideias na cabeça. Essa capacitação me deu um gás muito bom. Meu sonho agora é me formalizar e crescer – conta Ana Cláudia.

Quem também pretende usar os ensinamentos da capacitação é a auxiliar-administrativo Ediana Matias da Silva, de 50 anos. Ela tem uma instituição social voltada para mães solo, crianças e jovens.

– Minha intenção foi ganhar conhecimento e passar para essas mulheres. É muito duro passar fome. Agora, posso explicar para elas como fazer e dizer que vai dar certo sim – explica Ediana.

Impactos positivos

Em 2023, o Empreendedora do Amanhã deverá atingir 240 mulheres da Baixada Fluminense. A priorização do público feminino decorre de evidências de ele ser mais rejeitado do mercado de trabalho do que o masculino. Além disso, o prosperar das mulheres tem efeito mais abrangente, com impactos positivos para as vidas de suas famílias e comunidades. Elas investem mais em áreas como saúde e educação e fomentam cadeias produtivas locais.

– A característica de empreender é muito do público feminino, mas muitas mulheres não sabem como fazer. A intenção do Empreendedora do Amanhã é que elas consigam entender o que é o empreendedorismo, como elas se organizam, como podem impulsionar a marca e o negócio e ter retorno financeiro gerando renda para elas e suas famílias – enfatiza a primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro e presidente de honra do RioSolidario, Analine Castro.

A próxima turma iniciará dia 19 de junho a 23 de junho com 5 dias de aulas presenciais, na Casa Paroquial da Igreja Nossa Senhora de Fátima no bairro de São Bernardo – Belford Roxo. Durante o curso, as alunas recebem certificado com 30 horas de participação, identidade visual, material didático, todo material complementar e um lanche diário.

De acordo com a professora da capacitação, Adriana Cruz, durante as aulas, além da parte técnica, ela mostra às mulheres que é possível fazer que os sonhos aconteçam tomando uma atitude. Durante as aulas, as alunas também recebem orientações de como se tornar um MEI (Microempreendedor Individual).

– Mostro que elas são mulheres guerreiras que quando uma cai a outra dá a mão para levantá-la. Digo que foguete não dá ré e que elas podem empreender – conta Adriana.

Por redação

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