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MORAES NEGA PEDIDO DE LIBERDADE E ANDERSON TORRES SEGUE PRESO

Defesa do ex-ministro havia entrado, pela quarta vez, com pedido de liberdade. PGR chegou a ser a favor de Torres, mas Moraes negou

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido de liberdade de Anderson Torres. O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal está preso há 97 dias por suspeita de conivência ou omissão diante dos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília, em 8 de janeiro.

O Ministério Público Federal (MPF) chegou a se manifestar favorável à revogação da prisão de Torres, mas, em decisão nesta quinta-feira (20/4), Alexandre de Moraes negou o pedido.

“Nesse momento da investigação criminal, a razoabilidade e proporcionalidade continuam justificando a necessidade e adequação da manutenção da prisão preventiva”, escreveu o ministro.

Moraes ainda escreveu que o ex-secretário “suprimiu das investigações a possibilidade de acesso ao seu telefone celular, consequentemente, das trocas de mensagens realizadas no dia dos atos golpistas e nos períodos anterior e posterior; e às suas mensagens eletrônicas. Somente – mais de 100 dias após a ocorrência dos atos golpistas e com total possibilidade de supressão das informações ali existentes – autorizou acesso às suas senhas pessoais de acesso à nuvem de seu e-mail pessoal”.

Assim, Torres segue preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará. O ex-secretário era secretário de Segurança Pública do DF no dia dos ataques, mas estava em viagem familiar nos Estados Unidos.

Ao decretar a prisão preventiva de Anderson Torres, Moraes declarou que “absolutamente todos serão responsabilizados civil, política e criminalmente pelos atos atentatórios à democracia, ao Estado de Direito e às instituições, inclusive pela dolosa conivência — por ação ou omissão — motivada por ideologia, dinheiro, fraqueza, covardia, ignorância, má-fé ou mau-caratismo”.

Novo depoimento

Também nesta segunda, Moraes determinou que Torres preste novo depoimento à Polícia Federal.

Ele é investigado no âmbito do inquérito que apura os atos antidemocráticos de 8/1 e no que apura as ações da Polícia Rodoviária Federal nas eleições.

Por- Metropole

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